BBB 21 copia a política brasileira e apresenta o próprio e perigoso Centrão
Mesmo quem conhece pouco de política tem arrepios quando pensa no Centrão. É um bloco populoso de partidos que não são deliberadamente de esquerda ou de direita. Ficam nesse miolo, perigosamente flanando para o lado que melhor agrada.
É uma grande massa que pode travar as pautas da Câmara ou levá-las adiante. Todo mundo morre de medo do Centrão, mas sabe que, no jogo político, sem ele, nada vai para frente.
O BBB 21 tem o próprio Centrão. É um grupo volumoso, medroso e tenta se esquivar das grandes decisões.
O elenco atual do BBB 21 se divide em três frentes.
Uma delas é o ex-Quarteto Fantástico, formado pelos renegados, a turma que sofre com a falta de empatia da casa, com Gilberto, Sarah e Juliette (Lucas Koka Penteado também fazia parte desse grupo até deixar o reality, na manhã de domingo, dia 7).
Eles são pautados por questões mais humanitárias e empatia. E são personagens conhecidos pelo acolhimento e pelo diálogo amplo.
Do outro lado, no extremo oposto, o reality apresenta aqueles que mostram atitudes opressoras. Uma turma que determina quem são os alvos da vez. Ali, figuram nomes como Projota, Lumena, Karol Conká e Nego Di. Eles têm, por perto, ainda um perdido Arthur, que enxerga o jogo pela ótica dos bambambãs, sem representar uma ameaça tão grande quanto os maiorais.
É uma turma que se faz valer de fake news e intrigas para criar momentos favoráveis no jogo. Reconhece esse pessoal na política brasileira? Pois é.
No miolo, temos o tal Centrão. Ainda que ele esteja dividido em sub-grupos, é uma turma que se une para escapar de qualquer chance de paredão, que ainda não se posicionou no game do BBB e com gosto por se esconder de qualquer protagonismo.
Sim, o Centrão do BBB é coadjuvante propositalmente. É uma estratégia de evitar colocar o pescoço para fora e, possivelmente, ser alvo dos outros grupões mais ativos no jogo.
É um grupo de gente que espera que o momento do próprio brilho virá quando a casa estiver mais vazia. Ser uma planta no início do jogo, escondido atrás de alguns amigos, garante uma sobrevida em um jogo em que apenas um participante deixa o confinamento por semana.
O centrão é uma união de participantes do tipo planta com maria-vai-com-as-outras. Na estratégia de rebanho, a turma acaba se tornando massa de manobra de um lado ou do outro.
O BBB 21 apresenta um centrão formado pelo duo de agroboys (Caio e Rodolffo, ou a "bancada ruralista da câmara"), os famosos Camilla de Lucas, Carla Diaz, Pocah, Viih Tube e Fiuk, além dos pipocas Thaís e João Luiz.
Aos poucos, eles mostraram entender o jogo de Karol Conká (e o perigo que é estar ao lado da rapper), mas ainda não foram capazes de proporem a própria estratégia. Preferem se esconder e aceitar o que chega da turma de Projota e companhia.
Na dúvida, optam pelo "voto de manada", em uma estratégia preguiçosa que não enxerga o jogo, tenta se livrar de adversários sem perceber avaliar as possibilidades de emparedados e tirar uma vantagem disso.
Sobrou para Arcrebiano, o instrutor de crossfit cujo erro foi atrair Karol Conká e não estar apaixonado por ela. Passou a ser alvo de fofocas e intrigas e teve uma peculiar incapacidade de estabelecer comunicação com o restante da casa e mostrar estar injustamente acusado.
No primeiro paredão da temporada, ele levou 8 votos. Desta vez, ontem (7), foram 9 votos. Acho que, até agora, o crossfiteiro Bil não saiba exatamente o porquê de ser um alvo do Centrão.
Pois é isso, assim como na política brasileira, o Centrão é poderoso, perigoso e altamente influenciável. Entre plantas, dorminhocos e a turma do cigarro, o Centrão do BBB 21 fará sua primeira vítima no jogo, já que, como mostra a enquete do UOL, Arcbrebiano deve ser derrotado na disputa com Juliette e Gil (ambos favoritos do público daqui).
Como que tem sido publicado sobre BBB 21, reality com as viradas mais rápidas da história, o conteúdo acima se autodestruir em minutos.
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