Empolgação em torno Esquadrão Suicida 2 prova a existência do 'gado do bem'
Ser "gado" de algo não é necessariamente bom, mas é compreensível.
No mundo dos memes do Twitter, ser gado é quando você sabe que está sob o efeito manada, que curte o que determinada pessoa fez ou faz, apesar de saber que nem sempre o alvo deste afeto seja merecedor de tal devoção.
Você pode ser gado de um crush, de um artista da música pop, de ator ou atriz, um diretora ou diretora, de um ou uma cientista, um escritor ou escritora, até de político, como vemos recentemente.
Também é possível ser gado de um estúdio de cinema. É esta versão de gado a qual me refiro no título deste título. Estou falando com a turma que acredita e tem fé na DC Films, o braço cinematográfico da DC Comics, lar de Batman e Superman, criada pelo estúdio Warner Bros. Pictures e a DC Entertainment.
A DC Films divide com a extinga Fox o posto de ser a casa das mais recentes decepções cinematográficas de super-heróis. Preste atenção no "recente" escrito na frase anterior, porque obviamente "Batman: O Cavaleiro das Trevas", de 2008, é uma obra de arte.
Com a versão do "Coringa" de Joaquin Phoenix, que até Oscar venceu, e a materialização do Snyder Cut, a versão com a assinatura do diretor Zack Snyder do pífio "Liga da Justiça", mostra que algo começa a engrenar no estúdio que já nos entregou longas problemáticos como "Mulher-Maravilha 1984", "Esquadrão Suicida" e "Batman Vs Superman" (amo o filme, mas entendo que tem problemas).
Aliás, recentemente escrevi um texto cujo título foi, digamos, corajoso: "Criticado até por Tiago Leifert no BBB 21, Batman Vs Superman é injustiçado".
Entenda, meu companheiro bovino, que sou um gado da DC (e da Marvel, e de filmes de heróis em geral, mas isso é papo para outra coluna).
Portanto, por mais magoado que estava da versão de "Esquadrão Suicida" que foi aos cinemas em 2016, com Margot Robbie, Will Smith, Viola Davis e grande elenco sob a direção de um reclamão David Ayer, senti confiança que a segunda aventura dos vilões-transformados-em-heróis poderia funcionar.
Nada me prepararia para o hype criado pelas artes (quero todos esses pôsteres na minha sala!) e principalmente pelo trailer da continuação da história.
Seu amigo nerd/geek/fã de quadrinhos/fã de heróis enviou o trailer "para maiores" do filme para você nesta semana? Se não o fez, faço eu agora. Segue:
Piadas com timming certeiro, atores em grande forma, cores vibrantes, uma trilha sonora estonteante.
Criou-se o hype, é óbvio. E a excitação tem nome, sobrenome e um currículo ótimo. James Gunn é o cara que fez da turma dos "Guardiões da Galáxia", daquele estúdio rival das HQs e do cinema, ser cool, desajustada e viciante, apesar de ser pouquíssimo conhecida pelo grande público na época do lançamento do primeiro filme, em 2014.
Ele também fez um joia-mas-não-ótimo "Guardiões da Galáxia, Vol. 2" (2017), o interessante "Super" (2010) e foi roteirista do injustiçado "Scooby-Doo 2: Monstros Liberados" (2004).
"Esquadrão Suicida", o primeiro, também teve um trailer genial, com "Bohemian Rhapsody", do Queen, na trilha sonora, mas acabou com um resultado bem chinfrim.
Desta vez, temos James Gunn do nosso lado. E as perspectivas são boas. É um "ser gado do bem", que não faz mal a ninguém (a não ser, eventualmente, a nós mesmos, não é?)
Bovinos da DC, uni-vos! "Esquadrão Suicida 2" promete.
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