Ué? Música ilegal de Ariana Grande com Nelly Furtado lidera Spotify global
O UOL Splash já falou como o TikTok é uma ferramenta fundamental para, hoje, uma música pop bombar no mundo inteiro. E isso serve até mesmo quando a faixa em questão é, digamos, ilegal. Saca só essa história
Chegou hoje (30) ao topo do ranking Viral Global do Spotify e em 5º lugar no ranking viral brasileiro uma versão não autorizada que une as músicas "motive", lançada no disco mais recente de Ariana Grande, com participação de Doja Cat, e "Promiscuous", música lançada por Nelly Furtado em 2006, produzida por Timbaland.
O resultado é esse aqui:
A real é que a música de Ariana lançada no álbum "positions" já era boa. Com a base característica de Timbaland, que tem a cara da música pop da primeira década de 2000 (em uma zona limítrofe entre o brega e o chique, sabe?), a faixa ficou ainda melhor.
Ao que tudo indica, a fusão das duas músicas foi criada por um artista de nome Jimir Reece Davis, também conhecido como Amorphous. Ele se diz especializado em "todos os meios criativos, da música ao cinema".
O canal dele do YouTube é repleto de outras dessas "obras" em que músicas diferentes são transformadas em uma só - às vezes até melhores do que as versões originais. Quem curte esses mashups, vale a pena dar uma passeada por lá.
Sobre a música, Jimir diz:
"Outra ideia aleatória que veio até mim enquanto ouvia 'positions'. Eu amo esse disco, do começo ao fim, então naturalmente vou me divertindo com os vocais da ariana e tentando combinar com outros sons que me vêm à cabeça. E o instrumental de 'promiscuous' é muito contagiante. Espero que vocês todos gostem dessa versão"
A mistura de Ariana Grande com Nelly Furtado, que levou o nome no YouTube de "Promiscuous Motive", foi publicada na plataforma em 2 de novembro, mas bombou no TikTok e, agora, chegou ao Spotify.
Na plataforma de streaming, a música está disponível como "Motive X Promiscuous (TikTok)" e é creditada a um artista de nome Lil Kudo, dono de uma conta verificada na plataforma - embora tenha só duas músicas no catálogo.
Nos créditos de "Motive X Promiscuous (TikTok)", Lil Kudo assina como intérprete da canção (oi?) e a composição foi creditada para alguém de nome Darin Stacey (uma busca rápida no Google não traz nenhuma informação sobre ele ser músico ou coisa do tipo). O selo da faixa é 2844976 Records DK.
Estranho, né?
Jornalismo investigativo que chama, né?
A coluna entrou em contato com o Spotify Brasil para saber o posicionamento da plataforma sobre a música.
As playlists do tipo "50 que Viralizaram" existem no mundo todo na plataforma, existem as versões locais, de cada país, e também a global. Os algoritmos do Spotify analisam diferentes padrões de busca e plays para entender quais músicas estão mostrando um crescimento orgânico e não ampliado por playlists e coisas do tipo.
Publicar a música em 2021 seria uma estratégia de Lil Kudo para engajar e aumentar o canal dele no Spotify? Antes disso, Kudo tinha 5 mil ouvintes mensais. Agora, com "Motive X Promiscuous (TikTok), a média de ouvintes subiu para 399 mil.
Qualquer que seja a resposta do Spotify, o TikTok só mostrou como é gigante ao ditar as tendências e o que vamos ver nas paradas das plataformas de música por streaming. Mesmo que seja com uma música ilegal.
O sucesso do mashup, contudo, é inegável.
Se fosse Ariana Grande, chamaria Nelly Furtado no zap para agilizar uma versão oficial.
Atualização 1º de abril, às 11h28:
A música foi retirada do ar no Spotify por infringir as diretrizes de propriedade intelectual da plataforma, como era esperado.
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