Com saída de Caio, BBB 21 prova que romances de conto de fadas são furada
Sem tempo?
- O BBB 21 ensinou muito sobre como viver em sociedade, não é?
- Mas o que a edição deste ano tem mostrado é que contar com relacionamentos de conto de fadas é uma furada
- Todos os casais foram destruídos até aqui e, claramente, aqueles que ficaram na casa cresceram justamente depois do fim do relacionamento
- Afinal, contos de fadas existem?
A pessoa amada coloca a mão na maçaneta e olha por cima dos ombros uma última vez. Vê tudo aquilo que vai deixar para trás, objetos que fizeram parte da vida dela por um tempo e, agora, serão só uma memória distante.
Os nossos olhares se encontram mais uma vez (uma última vez?), a pessoa com quem dividimos a cama pisca, diz que não vai esquecer o que vivemos. Cruza a porta e se vai.
O vazio. Você sentiu ele algum dia. Talvez o sentiu como a pessoa que saiu. Ou foi a pessoa que ficou. A dor sentida nos dois casos é a mesma.
O rompimento dói, mas (com tempo) também leva às novas experiências e possibilidades.
Calma, não sou pró-términos, o bastião dos rompimentos ou o defensor do fim da monogamia.
A não ser que o fim do relacionamento ocorra no Big Brother Brasil 2021. Se este for o caso, por favor, me chame de O Anti-Hitch.
Lembra dele, o personagem do Will Smith, o tal "conselheiro amoroso", naquele filme que foi engraçado na época, mas que sob a perspectiva atual talvez não seja tão legal assim? Então, no BBB 21, sou o oposto desse cara.
Um a um, todos os casais do BBB 21 foram destruídos. Paredões cruéis e votos decisivos do público dividiram duplas unidas por um sentimento mútuo. Assim chegaram ao fim duplas como Arcrebiano e Karol Conká, Projota e Arthur, Rodolffo e Arthur, Thaís e Fiuk, Carla e Arthur, Sarah e Gilberto.
Na fábula escrita por Boninho, Tiago Leifert e o público do BBB 21, o amor, por vezes, é cego e estúpido. O sentimento afasta as pessoas do convívio geral, do jogo que é o BBB e do objetivo principal da coisa toda. Arcrebiano foi o primeiro a sofrer um "apagamento" ao trocar uns beijos com o furacão Karol Conká.
Vejamos, então, o caso emblemático de Sarah, a especialista em marketing digital que se viu tão absorvida em uma campanha contra Juliette e outros participantes que apagou o brilho de Gilberto. Mesmo que não fossem um casal, propriamente dito, Gil e Sarah eram grudados.
Sarah ainda perdeu o favoritismo ao se posicionar equivocadamente sobre a pandemia e demonstrou simpatia pelo atual presidente do País, o inominável. Não deu outra. Sarah dançou. E quase que Gil do Vigor dançou junto. O economista está visivelmente mais solto na casa, fazendo amizades com pessoas que jamais imaginaríamos.
Como é o caso de Arthur. Sim, o BANANA. Arthur, quem tem rendido interações divertidíssimas com Gil atualmente, perdeu dois amores em um reality só, o que deve ser um recorde (pesquisarei mais sobre isso algum dia desses).
Há quem argumente que a verdadeira paixão de Arthur era Projota. Talvez até seja, mesmo. Masa ele também manteve um romance o qual jamais entenderei Carla Diaz. Ela se ajoelhou, pediu o rapaz em "casamento" e ouviu, de volta, um sonoro e inexplicável "partiu".
Sem seu mestre e sua namorada, o Pink sem a companhia do Cérebro do BBB 21 cresceu no jogo. Foi ao paredão uma incontável quantidade de vezes? Foi, sim. Ficou bravo e explodiu de forma irracional? Também. Mas se tem um personagem que tem crescido no final do jogo é ele.
Com Carla, Arthur era o típico boylixo sem que ninguém entendesse o motivo. Com Projota, ele era um cachorrinho fiel, irracional até. Enquanto tinha os dois ao lado, não acertou em nada. Sem eles, Arthur virou a revelação da reta final do BBB 21.
Fiuk tentou não viver um romance no BBB 21. Está quase vivendo dois. O primeiro, com Thaís Ferraz, foi zombado aqui fora pela aparente timidez primaveril dos dois. O rapaz até chorou quando eles deram alguns amassos debaixo do edredom com a moça. Ninguém entendeu isso.
O jovem filho do Fábio Jr. pode iniciar um segundo romance, agora com Juliette, já que eles flertam constantemente há tempos. Vai ser bom para eles? Possivelmente, não.
Caio viveu um conto de fadas. E, perceba, até os contos de fadas tem finais tristes e, mesmo assim, podem ser felizes. Encontrou o ídolo dentro do reality. Rodolffo, o "mió cantor desse Brasil", como o próprio Caio deve ter dito em algum momento.
Caio foi carregado, literalmente, por Rodolffo quando machucou o tornozelo. Dividiu a cama com o ídolo. Mas, se você foi atento à dinâmica dos dois, logo Caio foi "apagado" pela presença do ídolo. Aquele cara engraçado sumiu, virou reclamão, brigão. Relação tóxica era essa em que Caio se sentia, o tempo todo, julgado.
Caio estava em um paredão triplo com Fiuk e Gilberto. E saiu porque não conseguiu voltar a ter o brilho que mostrou no início do BBB, apagado pelo "relacionamento" vivido com Rodolffo.
Apaixonar-se e formar um casal é, definitivamente, um mau negócio. Quero dizer, no BBB 21. Fora de Curicica, não me arrisco a ser conselheiro, não.
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