O forró eletrônico prova ser maior do que aquele DJ agressor. Muito maior
Sem tempo?
- O caso das agressões do DJ do forró eletrônico abalou o gênero.
- É claro, é um movimento natural. Todos se assustam ao ver tal violência.
- Mas, rapidamente, o forró se mostra maior.
- Lançamentos de Barões da Pisadinha e do fenômeno João Gomes provam isso.
- O forró é muito maior do que o legado de qualquer agressor.
Ouvi para o #Sextou o novo single dos Barões da Pisadinha, a ótima e divertida "Fui Pra Terminar". Tem cheiro de hit, já adianto.
E isso que me fez voltar ao texto do repórter Breno Boechat, publicado aqui no UOL Splash, sobre o prejuízo causado pelo escândalo do DJ agressor, cujo nome não merece ter o nome escrito aqui.
Na reportagem (que vale a leitura do começo ao fim), debate-se o estrago do escândalo para um gênero que estava em ascensão, disputando espaços no topo das paradas com os reizinhos do sertanejo e do agronegócio.
Se o caso de polícia baqueou (e eu entendo que é fácil baquear diante de tal violência), o novo forró tem mostrado fôlego para superar o golpe.
No topo da parada de trending do YouTube brasileiro, Zé Felipe e Barões da Pisadinha cantam "Senta Danada" e figuram acima do fenômeno de popularidade pop Luísa Sonza (com a muito boa "melhor sozinha :-)-:"). O top 10 ainda conta com "Meu Pedaço de Pecado", de João Gomes, o novo fenômeno do forró.
O mesmo João Gomes lidera o Spotify Brasil, com a mesma "Meu Pedaço de Pecado", e em terceiro lugar, com "Aquelas Coisas".
E João Gomes representa a força desse forró em expansão. É um artista cru, que sabia sequer o que é cantar no tom (leia mais na entrevista também feita pelo Boechat), mas que narra um Brasil real, misturando sanfona e saxofone e exageradamente dramático. Ele meio que canta, meio que faz um rap. É uma doideira.
É tanta mistura que lembra aquelas manobras gastronômicas caseiras desesperadas de juntar tudo o que tem na geladeira em uma panela e o resultado fica uma delícia, sabe?
Ouvir a nova dos Barões, ver o João Gomes no topo do Spotify, me deixou aliviado. Há muito espaço para crescimento e novas sonoridades.
O forró eletrônico é muito maior do que aquele DJ. Mas muito maior. E ainda bem.
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