A internet é a pior invenção da humanidade, e este link comprova

Ao descobrir que eu nunca tinha ficado de recuperação na escola, meu filho chegou a conclusão de que esse fenômeno só podia ter acontecido porque na minha época não existia Internet. Eu não consigo tirar a razão dele, acho que ia ser bem difícil estudar matemática enquanto uma tatuagem no brioco da Anitta faz o Gusttavo Lima chorar.

"Toma aqui, essa rede vai te dar acesso a todas as informações, mas você não vai poder confiar muito nelas". Disse Deus, que na minha cabeça se apresenta na forma de Sérgio Mallandro, cheio de pegadinhas. A Internet é como um passeio pela falecida Montanha Encantada do Playcenter, você não sabe se é para rir ou para chorar.

E se ter ao seu alcance uma quantidade de informação capaz de deixar Buda com TDAH já não fosse o suficiente, ainda temos que lidar com fake news. Aí você tenta explicar para a sua tia como identificar uma, falando que é só desconfiar quando a notícia for muito absurda e BOOM: tatuagem no fiofó da Anitta vira investigação sobre desvios milionários de verba pública.

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Daria para passar bastante tempo falando mal da Internet, ainda nem mencionei tudólogos, militante pró-rico, Microsoft Teams, emoji de alface, mas eu sou uma fã de tecnologia e confesso que não vejo a hora de lançar o Metaverso para eu botar um cropped e reagir virtualmente, quando na verdade estou virando uma geleca Amoeba no sofá da minha casa.

Sem a Internet você nunca teria descoberto escândalos políticos absurdos e nem qual personagem do Friends você seria. Mas pensando pelo lado bom, as ligações telefônicas foram praticamente extintas, mas substituídas por longos e intermináveis áudios, claro que teria uma pegadinha do Mallandro. O jeito é encará-los como ligações por streaming que você ouve quando, onde e só se você quiser. E eles podem te render temporadas de diversão na faixa, como mostra o esquete dessa semana.

Thatiana Guimaraes é roteirista do Porta dos Fundos e a favor da CPI do Sertanejo. No Instagram: @thatisuigeneris