Ricky Hiraoka

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Opinião

Juliana Paes encarna versão feminina de Liam Neeson em 'Vidas Bandidas'

Havia uma certa curiosidade sobre "Vidas Bandidas", série que estreou nesta quarta (21) no Disney+, para ver Juliana Paes vivendo novamente uma criminosa. Conseguiria a atriz criar um tipo totalmente diferente de Bibi Perigosa, traficante que ela viveu na novela "A Força do Querer"? Na pele de Bruna, uma chefe de quadrilha que não mede esforços para se vingar da morte da irmã, Juliana Paes em nada lembra Bibi Perigosa. Ela está mais para uma espécie de versão feminina e fora da lei dos personagens que o ator Liam Neeson defende recorrentemente em diversos filmes de ação e suspense.

Juliana Paes é apenas um dos destaques do elenco bem escalado de "Vidas Bandidas". Ela divide o protagonismo com o sempre eficaz Thomás Aquino ("Os Outros" e "DNA do Crime"), e com Rodrigo Simas, que aproveita a chance de mostrar que é muito mais do que uma combinação genética privilegiada e entrega o melhor desempenho de sua carreira como o pilantra Serginho.

Com uma trama bem costurada e personagens com nuances bem trabalhadas e que fogem do maniqueísmo, "Vidas Bandidas" não deixa em nada a dever a séries policiais estrangeiras. Escrita por Walter Daguerre ("Justiça 2" e "Amor de Mãe"), Rubens Marinelli ("Santo Maldito") e Gabrielle Siqueira, a narrativa ágil e bem costurada apresenta boas reviravoltas e consegue prender a atenção do mais desatento dos espectadores, que se acostumou a acompanhar séries com um smartphone em mãos.

"Vidas Bandidas" segue a tendência de boas produções nacionais, como "DNA do Crime" (Netflix), que exploram o gênero policial sem ser amparar no universo das favelas, que foram exaustivamente exploradas pelo cinema brasileiro nos anos 2000. A série de quatro episódios é um golaço da Disney +.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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