Ricky Hiraoka

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Opinião

Com trama central morna, 'Família é Tudo' brilhou com núcleos coadjuvantes

No futuro, quando falarmos sobre "Família É Tudo", que acaba de exibir o último capítulo, certamente lembraremos da produção como a novela da Lupita. Embora seja coadjuvante, a personagem defendida pela atriz Daphne Bozaski caiu nas graças do público e foi a responsável por movimentar a trama criada pelo autor Daniel Ortiz. Lupita roubou tanto a cena que a grande expectativa em relação ao último capítulo de "Família é Tudo" girava em torno do desfecho da guatemalteca, que passou boa parte da história dividida entre Júpiter (Thiago Martins) e Guto (Daniel Rangel).

O sucesso arrebatador de Lupita prova que "Família é Tudo", apesar de ser uma história agradável, não conseguiu empolgar a audiência com sua trama central: a missão de Vênus (Nathalia Dill) de reunir os irmãos após o sumiço da avó, Frida (Arlete Salles). Quem carregou a novela nas costas foram os coadjuvantes.

Além do triângulo amoroso formado por Lupita, Júpiter e Guto, outro núcleo paralelo engajou os espectadores foi o encabeçado por Chicão (interpretado pelo ótimo Gabriel Godoy). Carismático, o ator fez uma dupla tanto com Ramille quanto com Marianna Armellini e provou que está mais do que na hora de ser escalado para protagonizar alguma novela. Merecem destaque ainda as atuações de Alexandra Richter e Raphael Logam como os vilões da trama e a performance de Henrique Barreira, que desponta como um bom nome para viver mocinhos em futuras novelas da Globo.

No meio de tantos acertos entre os coadjuvantes, um equívoco se fez notório: a escalação de Rafa Kallimann para viver a vilã Jéssica. Por mais que tenha estudado e se dedique, a performance da ex-BBB mostrou que ela ainda não estava preparada para assumir um personagem com tantas nuances e com muito destaque numa novela. Ela deixou a desejar em suas interações com Juliana Paiva e com Sabrina Petraglia.

Com mais pontos positivos que tropeços, "Família é Tudo" pode não ser a melhor novela de Daniel Ortiz, mas cumpriu a missão que lhe foi dada: divertiu o público e o aumentou a audiência da faixa das 19h.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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