Despretensiosa e com muita personalidade, Tata Werneck é a nova Hebe da TV
Desde que os primeiros grandes profissionais se consagraram como apresentadores de TV, sempre que surgia um talento fora da curva, era comum que esse novo nome fosse apontado como sucessor natural de um dos pioneiros da comunicação televisiva.
Foi assim com Gugu Liberato e Fausto Silva, que eram tidos como os substitutos de Silvio Santos, com Luciano Huck, que era visto com o herdeiro de Faustão e, mais recentemente, com Cesar Tralli, que já é considerado o escolhido para ocupar a posição de William Bonner, por exemplo.
Entre todos os ícones da TV, um nome nunca teve uma sucessora unânime: Hebe Camargo. Houve quem defendesse que esse posto pertenceria a Adriane Galisteu, havia os partidários de Xuxa Meneghel, mas nenhuma das duas, apesar de apresentadoras competentes, se firmou no mesmo nicho de Hebe, nem teve o mesmo carinho do público.
De maneira despretensiosa e com muita personalidade, Tata Werneck aparece como a candidata ideal para ser a sucessora de Hebe Camargo. Inteligente e carismática, a atriz e humorista transformou o sofá do Lady Night, talk show que apresenta no Multishow, no objeto de desejo da maioria das personalidades brasileiras.
Apostando na comicidade, Tata arranca revelações que os convidados dificilmente se sentiram a vontade de fazer para outro apresentador. E no meio de piadas e brincadeiras, ela também consegue tocar em assuntos pertinentes, como etarismo e abuso sexual.
Amparada pela alta capacidade de improviso e muita sagacidade, Tata Werneck consegue produzir um programa 360. Lady Night faz sentido tanto para a televisão, que concentra uma parcela mais madura do público, quanto para as redes sociais, que se tornaram o grande veículo onde os jovens consomem conteúdos que originalmente foram produzidos para a TV.
A desenvoltura de Tata Werneck como apresentadora e a criatividade com que ela e sua equipe conduzem o Lady Night nos deixa com vontade de vê-la com mais frequência no comando de programas. Quem sabe Tata Werneck não é o nome ideal para comandar um formato por temporada logo após o almoço nas tardes de domingo da Globo? Há tempos a emissora precisa de uma novidade que espante a mesmice que tomou conta desse horário.
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