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Conheça as 3 histórias em quadrinhos que inspiraram o novo 'Batman'
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"Eu vejo Batman e James Gordon como Woodward e Bernstein." O diretor Matt Reeves arquitetou "Batman" como um filme dos anos 1970, e suas influências são explícitas. "Assim como em 'Todos os Homens do Presidente', eles enfrentam a corrupção que segue até o topo do sistema", continua.
"Tem um pouco de 'Operação França' e 'Táxi Driver', acho que 'Klute' de Alan Pakula deu o caminho para a relação de Bruce e Selina." São os filmes que o inspiraram para fazer cinema em primeiro lugar, e Reeves usou todo o arsenal de influências em sua visita a Gotham City.
Por outro lado, "Batman" obviamente traz para o cinema um dos personagens mais emblemáticos dos quadrinhos. Antes de escrever o roteiro, Reeves fez uma imersão em dúzias de histórias do Homem-Morcego - segundo ele, menos para minar as tramas e mais para buscar o tom.
De todos os gibis que ele teve em mãos, foram três os que apontaram o caminho da nova aventura. Pequenas obras-primas em papel que ajudaram o Cavaleiro das Trevas em sua nova jornada. "Nunca pensei em adaptar uma história", ressalta. "Mas essas HQs foram importantíssimas para construir o filme que eu queria."
BATMAN: ANO UM
Frank Miller e David Mazzucchelli
A DC reiniciou seu universo nos quadrinhos em 1985 com a série "Crise nas Infinitas Terras". Após sua conclusão, os maiores heróis da editora tiveram suas origens recontadas, com John Byrne recriando o Superman e George Pérez relançando a Mulher-Maravilha. Originalmente planejada como uma graphic novel, "Batman: Ano Um" foi publicada em 1987 no título mensal do herói, uma minissérie em quatro partes assinada por Frank Miller e David Mazzucchelli.
A história aborda o retorno de Bruce Wayne a Gotham City após doze anos de viagens em que ele basicamente aprendeu a ser o Batman. AO mesmo tempo, o tenente James Gordon é transferido de Chicago para a cidade. Ambos encontram uma metrópole mergulhada em corrupção, e logo percebem que precisam unir forças para determinar um futuro menos sombrio para Gotham.
"Ano Um tinha algo que sugeria o realismo e a abordagem cinematográfica que eu buscava", lembra Matt Reeves. "Era como um filme americano dos anos 1970." Nos comentários da edição encadernada do quadrinho, Reeves lembra a cena em que Bruce Wayne, antes de criar o traje do Batman, adota um disfarce para caminhar sem ser notado por um bairro perigoso de Gotham.
"Ele é famoso, então coloca uma cicatriz enorme no rosto, usa um casaco surrado", aponta. "Para orientar a arte de Mazzucchelli, Miller escreveu que o desenho tinha de parecer alguém que ganhou um concurso de sósias de Travis Bickle. Algo nessa ideia trouxe o tom que eu achava importante reproduzir no filme."
BATMAN: O LONGO DIA DAS BRUXAS
Jeph Loeb e Tim Sale
Em seus primeiros anos como combatente do crime em Gotham City, o Batman é envolvido na caçada a um assassino em série que comete seus crimes de acordo com os feriados no calendário.
A série, publicada em treze edições em 1996 e 1997, estreita a amizade do Cavaleiro das Trevas com o promotor público Harvey Dent e marca também a ascenção dos criminosos fantásticos de Gotham, do Coringa ao Espantalho à Hera Venenosa, tomando o lugar de chefões do crime como Carmine Falcone.
"Gostei da ideia de o Batman envolver-se na investigação dos crimes de um serial killer, colaborando com uma força policial relutante", aponta Reeves. "Além disso, era o tom que eu buscava para mostrar o Batman como o maior detetive do mundo, algo que faz parte do DNA do novo filme."
BATMAN: EGO
Darwyn Cooke
Nessa graphic novel assinada por Darwyn Cooke, publicada originalmente em agosto de 2000, não existem grandes batalhas ou mistérios a ser resolvidos. Depois de falhar terrivelmente em uma missão, Batman retorna à sua caverna e se vê separado da personalidade de Bruce Wayne.
Criador e criatura entram num embate psicológico, em que ego, superego e id afloram quando Bruce percebe que seu pior inimigo é sua versão selvagem, uma entidade que busca determinar um curso mais definitivo para suas atividades como vigilante, o que pode consolidar ou destruir o código moral do Batman,.
"Assim que li 'Ego' enxerguei algo essencial para conectar as ideias do filme", explica Reeves. "Foi uma história muito importante no processo de escrever o roteiro porque lida com a psicologia em ser o Batman, com a ideia de ter um monstro interior em uma constante batalha interna. Era exatamente o que eu buscava com nossa versão de Bruce Wayne."
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