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15 filmes para você lembrar o quanto Bruce Willis é sensacional!
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A notícia caiu como uma bomba. Bruce Willis está dando um pause em sua carreira após ser diagnosticado com afasia, uma doença que afeta sua capacidade cognitiva.
Nos bastidores de Hollywood, o anúncio chegou como uma justificativa torta, porém sensata, para a avalanche de filmes que o astro vinha fazendo nos últimos anos.
São produções classe Z em que ele atua por poucos minutos, garante um cheque gordo e já parte para o próximo desastre.
A piada logo perdeu a graça. Mesmo sem nenhuma confirmação oficial, a informação é que ele queria filmar o máximo possível enquanto ainda tinha condições físicas e mentais. Cinema, obviamente, é sua grande paixão.
Há mais ou menos uma década que Bruce Willis não trabalha em nenhum filme digno de nota. Seu último filme que fez algum barulho foi "Vidro", de M. Night Shyamalan.
De lá para cá foram dúzias de produções de gosto duvidoso em que ele emprestava seu prestígio a projetos de quinta. Não importa.
Poucos atores, estabelecidos como heróis de ação, tem uma filmografia tão sólida e diversa. São estes filmes, muitos dos quais eu listo a seguir, que cravam seu nome de forma indelével na história do cinema.
DURO DE MATAR
(Die Hard, John McTiernan, 1988)
Ninguém acreditava em Bruce Willis, que fazia sucesso como comediante, na pele de um astro do cinema de ação. Então veio "Duro de Matar", que reescreveu as regras do gênero e mostrou que heróis também sangram. Um filme irretocável que, mesmo depois de 30 anos, segue no topo do pódio.
O ÚLTIMO BOY SCOUT
(The Last Boy Scout, Tony Scott, 1991)
"Duro de Matar" gerou uma infinidade de filhotes, a esmagadora maioria indigna de dividir a mesma frase. Um dos mais bem-sucedidos foi essa parceria de Willis com o diretor Tony Scott, que materializou o roteiro de Shane Black em uma história de violência e vingança tão irreal que só pode existir no cinema. A primeira cena, um assassinato em meio a um jogo de futebol (o deles), é antológica.
A MORTE LHE CAI BEM
(Death Becomes Her, Robert Zemeckis, 1992)
Willis, já consagrado como "astro de ação", nunca virou as costas para suas raízes. Nessa fantasia de Robert Zemeckis ele é um cirurgião plástico envolvido na rivalidade de duas mulheres (Meryl Streep e Goldie Hawn), ambas envolvidas romanticamente com ele, que descobrem o segredo da imortalidade. Um filme estranho e estranhamente charmoso.
PULP FICTION - TEMPO DE VIOLÊNCIA
(Pulp Fiction, Quentin Tarantino, 1994)
Quando Quentin Tarantino revolucionou o cinema com sua obra prima, Bruce Willis garantiu seu lugar na primeira fila. Ele é protagonista de uma das histórias dessa antologia como o boxeador que se recusa a entregar uma luta e, em sua fuga, envolve-se com um gângster e com um policial pervertido. "Zed está morto, baby."
OS 12 MACACOS
(Twelve Monkeys, Terry Gilliam, 1995)
A ficção científica distópica de Terry Gilliam coloca eco terrorismo e viagem no tempo no mesmo balaio, com Bruce como um sujeito que vem do futuro para alertar a humanidade sobre uma catástrofe global iminente. A pergunta é: o sujeito é real ou não passa de um lunático? Brad Pitt e Madeleine Stowe completam o time.
O QUINTO ELEMENTO
(The Fifth Element, Luc Besson, 1997)
Histérico, acelerado e carregado de personagens e momentos emblemáticos, "O Quinto Elemento" traz o diretor Luc Besson em sua melhor forma, conduzindo uma história que parece saída da antologia de quadrinhos francesa "Metal Hurlant". No futuro, Bruce é um taxista que acidentalmente precisa proteger Milla Jovovich, única esperança da humanidade contra uma força cósmica devastadora.
O SEXTO SENTIDO
(The Sixth Sense, M. Night Shyamalan, 1999)
Nenhum filme em 1999, nem "A Bruxa de Blair", nem "Matrix", deixou as plateias mais surpresas do que "O Sexto Sentido". No papel de um psicólogo infantil que ajuda um garoto a lidar com um trauma desconhecido, Bruce descobre que o menino "enxerga os mortos" e que algumas verdades podem ser tão dolorosas que simplesmente não as percebemos.
CORPO FECHADO
(Unbreakable, M. Night Shyamalan, 2000)
Repetindo a parceria com Shyamalan, Willis agora é um segurança que aos poucos percebe ser indestrutível, mais forte que as pessoas normais e que consegue sentir a presença do mal. "Corpo Fechado" é um filme de super-heróis em que ninguém usa uma capa, um drama sobre a superação da culpa e as surpresas da vida. Forma uma trilogia improvável ao lado de "Fragmentado" e "Vidro".
VIDA BANDIDA
(Bandits, Barry Levinson, 2001)
Dois assaltantes de bancos sequestram uma dona de casa e se apaixonam por ela, em um triângulo amoroso de consequências inusitadas. Ao lado de Cate Blanchett e Billy Bob Thornton, Bruce Willis externa um lado romântico insuspeito nessa comédia bacana do diretor de "Bom Dia, Vietnã".
SIN CITY - A CIDADE DO PECADO
(Sin City, Robert Rodriguez e Frank Miller, 2005)
A adaptação ultra estilizada da série em quadrinhos de Frank Miller, assinada pelo próprio ao lado de Robert Rodriguez, mergulha Bruce Willis em uma fantasia noir como Hartigan policial que precisa manter seu silêncio, mesmo preso injustamente por uma década, para preservar a vida de uma garotinha - que cresce para se tornar Jessica Alba. Um filmaço!
16 QUADRAS
(16 Blocks, Richard Donner, 2006)
O último filme do genial Richard Donner ("Superman", "Máquina Mortífera") traz Willis como a antítese de sua imagem de herói inabalável. Aqui ele é um policial veterano e alcoólatra, designado para conduzir uma testemunha até o tribunal por dezesseis quadras em Nova York. Quando ele percebe que o sujeito está marcado para morrer porque vai entregar policiais corruptos, a missão torna-se mortal.
OS SEM-FLORESTA
(Over the Hedge, Tim Johnson e Karey Kirkpatrick, 2006)
Bruce Willis já emprestou sua voz para projetos tão diversos como "Olha Quem Está Falando", "Beavis e Butt-Head Detonam a América" e para o videogame "Apocalypse" (saudades PlayStation). Nenhum, porém, saiu tão divertido quanto o guaxinim RJ, determinado a liderar um grupo de bichos no admirável mundo novo do subúrbio americano e seus restos de comida processada.
RED - APOSENTADOS E PERIGOSOS
(RED, Robert Schwentke, 2010)
A HQ original de Warren Ellis trazia um ex-agente da CIA enfrentando assassinos em uma história sóbria e ultra violenta. Essa adaptação troca a sisudez pelas risadas quando o tal sujeito, interpretado por Bruce Willis, reúne seus antigos companheiros (Morgan Freeman, John Malkovich e Helen Mirren) em uma missão para descobrir quem pintou um alvo em suas costas.
MOONRISE KINGDOM
(Wes Anderson, 2012)
Willis já começara a fazer filmes para o mercado de filmes direto para vídeo quando foi convocado por Wes Anderson para sua trupe nesta comédia dramática que acompanha o romance de dois pré-adolescentes, um escoteiro que abandona seu acampamento para fugir com a garota com quem ele se corresponde. O humor peculiar de Anderson encaixa-se à perfeição com a personalidade de Willis, aqui no papel do capitão de polícia que organiza a busca pelo jovem casal. Uma delícia de filme que apontava uma nova fase nunca concretizada na carreira do astro.
LOOPER: ASSASSINOS DO FUTURO
(Looper, Rian Johnson, 2012)
E já se vão dez anos desde que Bruce Willis fez seu último grande filme, uma ficção científica em que, no futuro, a máfia envia seus alvos para o passado, onde eles são mortos por assassinos profissionais. Um deles, interpretado por Joseph Gordon-Levitt, hesita ao ver que sua vítima é ele mesmo, enviado do futuro - papel de Bruce Willis. Os dois homens, agora em conflito, dão início a uma perseguição de consequências trágicas.
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