Esqueça 'Adão Negro': Aqui estão os 10 melhores filmes de Dwayne Johnson

"Divirta-se!" Arnold Schwarzenegger quase esbarrou em Dwayne Johnson logo nas primeiras cenas de "Bem-Vindo à Selva", de 2003. Mas foi o bastante para soltar o único conselho que cabia no momento.

Ainda chamado The Rock, o ídolo da luta livre encarava então seu segundo filme como protagonista. Havia a pressão na indústria para que ele liderasse uma nova geração de astros de ação. Schwarza colou no set para lhe dar sua bênção. "Divirta-se."

Duas décadas depois, é seguro afirmar que Johnson não só se divertiu. Ele planejou uma carreira meticulosa, experimentando gêneros populares, sem exigir muito de seus dotes dramáticos, deixando mais e mais o trabalho nas mãos de seu carisma inegável.

"Adão Negro" é a prova que Dwayne atingiu um pico de ar rarefeito dividido com pouquíssimos de seus pares. Hoje ele alavanca o projeto que quer, atrai gente bacana para seu lado, garante ótimos resultados nas bilheterias até em projetos de quinta ("Baywatch", é contigo) e segue seguro como um dos maiores astros do cinema moderno.

Nem tudo são elogios, claro. Em sua trajetória, Dwayne encarou mais bombas do que deveria ("Doom", "A fada dos Dentes", "G.I. Joe Retaliação"), mas também arriscou-se em empreitadas em que ele ganha pontos pela ousadia ("Southland Tales", "Be Cool"). No fim, especializou-se em filmes de ação que, se não incendeiam o mundo, também não ofendem ("Hércules", "Terremoto", "Arranha-Céu").

A brincadeira começou em "O Retorno da Múmia", que o transformou no efeito digital mais tosco da história. A ponta lhe rendeu seu primeiro papel como protagonista em "O Escorpião-Rei", uma bobagem que não diferia muito das bobagens que tentavam imitar Arnold Schwarzenegger em "Conan, o Bárbaro".

O tempo, porém, foi generoso. Dwayne Johnson logo se livrou do apelido The Rock, que o acompanhou na época da luta livre, e passou a experimentar filmes diferentes para públicos diferentes. Foi muito feliz, por sinal, quando conquistou a plateia infantil em filmes bobinhos e simpáticos como "Treinando o Papai", "A Montanha Enfeitiçada" e "Viagem 2: A Ilha Misteriosa". Atraia a gurizada, os adultos seguem!

Separei a seguir uma dezena de filmes em que a estrela de Dwayne Johnson brilhou com força, consolidando sua posição privilegiada em solo hollywoodiano, Tudo isso e ele ainda é um sujeito bacana: ontem, do nada, ele respondeu a um de meus tweets, justamente sobre o futuro de "Adão Negro" na DC. Brownie points!

O RETORNO DA MÚMIA
(The Mummy Returns, 2001)

O show aqui é de Brendan Fraser, mas o diretor Stephen Sommers foi esperto ao lapidar o personagem de um guerreiro lendário para Dwayne. Sua versão digital no clímax é tosca? Com certeza. Mas até lá ele já havia conquistado seu espaço.

BEM-VINDO À SELVA
(The Rundown, 2003)

O que seria mais uma aventura inconsequente e passageira se tornou uma aventura bem decente. O astro é um caçador de recompensas que vai à Amazônia em busca do filho encrencado de seu empregador. Johnson e Seann William Scott fazem uma bela dupla, as cenas de ação são bem decentes e o resultado é acima da média.

OS OUTROS CARAS
(The Other Guys, 2010)

Mais à vontade em sua posição em Hollywood, Johnson faz um superpolicial imbatível ao lado do parceiro, Samuel L. Jackson. Seu trabalho, no entanto, é atrapalhado por uma dupla de tiras patetas (Will Ferrell e Marlk Wahlberg) que querem provar seu valor a seus colegas. A direção segura é de Adam McKay ("O Âncora", "Vice").

VELOZES & FURIOSOS 5: OPERAÇÃO RIO
(Fast 5, 2011)

Dwayne entrou com tudo na série de Vin Diesel e ajudou a reposicionar "Velozes & Furiosos" de drama policial sobre corridas urbanas a filme de ação supersônico, um dos pilares do cinemão moderno. Vin tem dificuldade para competir com o carisma de Dawyne, que viu seu personagem ser colocado de lado nas aventuras seguintes até ganhar um spin off todo seu (e de Jason Statham): "Hobbs & Shaw".

UM ESPIÃO E MEIO
(Central Intelligence, 2016)

Voltando à comédia, Dwayne Johnson e Kevin Hart se mostram uma dupla vencedora. O primeiro é um ex-adolescente obeso que aparece na festa de dez anos de sua turma como uma pilha de músculos. Agora um agente da CIA, ele precisa contar com seu antigo algoz, que passou de atleta a um contador mirrado, para desbaratar uma trama de espionagem.

MOANA - UM MAR DE AVENTURAS
(Moana, 2016)

Dwayne Johnson se dá muitíssimo bem ao soltar a voz nessa aventura Disney bem bonitinha que traduziu à perfeição seu carisma natural em seu avatar digital. Ele é o semideus Maui, que guia a heroína em sua jornada mar afora para salvar seu povo ao enfrentar monstros e desvendar um mistério milenar. Como é um musical, lá está The Rock, versão crooner!

JUMANJI: BEM-VINDO À SELVA
(Jumanji: Welcome to the Jungle, 2017)

Havia um risco imenso ao se reimaginar um filme de Robin Williams tão querido como "Jumanji". O diretor Jake Kasdan topou o desafio e teceu uma aventura na selva em que quatro adolescentes são tragados para um jogo de videogame antigo, transformando-se em Johnson, Kevin Hart, Karen Gillan e Jack Black. Além de esse "Jumanji" ser bem melhor do que tinha o direito de ser, ainda gerou uma continuação igualmente bacana.

RAMPAGE: DESTRUIÇÃO TOTAL
(Rampage, 2018)

Entre os filmes de ação genéricos que Johnson encarou nos últimos anos, "Rampage" é o mais decente. A fantasia dirigida por Brad Peyton é inspirada num jogo de arcade dos anos 1980, mas isso é irrelevante. O que temos aqui é o astro como um primatólogo determinado a salvar seu amigo George, um gorila-das-montanhas que ganha dimensões monstruosas depois de uma experiência genética dar errado. Faz sentido? Não. Mas é um barato!

JUNGLE CRUISE
(Jungle Cruise, 2021)

Havia a esperança que "Jungle Cruise" tomasse o lugar de "Piratas do Caribe" como a principal série live action no catálogo Disney. Não chegou a tanto, mas nem precisava. Uma aventura de época charmosa, "Jungle Cruise" coloca Dwayne como o capitão de um barco que trafega pelas curvas do rio Amazonas, "alistado" por uma pesquisadora britânica (Emily Blunt) para descobrir uma árvore de propriedades mágicas no meio da selva. Para curtir em família!

DC LIGA DOS SUPER PETS
(DC League of the Super Pets, 2022)

Você aí, todo preocupado com "Adão Negro", quando Dwayne Johnson acabou de interpretar um personagem da DC muito mais legal! Nessa animação colorida, emocionante e super divertida, ele empresta sua voz a Krypto, companheiro canino de um certo Superman, que precisa unir uma equipe de pets improváveis para salvar, quem diria, a própria Liga da Justiça! Super-heróis, turma, são bem melhores quando não esquecem a batida do coração de uma criança!