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Roberto Sadovski

REPORTAGEM

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5 séries que Vin Diesel tentou emplacar além de 'Velozes & Furiosos'

Vin Diesel em "Velozes & Furiosos 10" - Universal
Vin Diesel em 'Velozes & Furiosos 10' Imagem: Universal

Colunista do UOL

18/05/2023 04h00

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Todo astro quer uma série para chamar de sua. Além da possibilidade de desenvolver um único personagem ao longo de uma fileira de filmes, cravar uma marca significa, no mínimo, segurança financeira e profissional. Vin Diesel tem em "Velozes & Furiosos" uma das séries mais sólidas do cinemão. Mas por que ficar com uma se é possível desenvolver várias, certo?

Foi com esse pensamento que o ator buscou a segurança de uma história continuada, logo depois de protagonizar "Velozes & Furiosos" em 2001. Na época, ninguém sabia que o filme de ação dirigido por Rob Cohen teria pernas além de um primeiro capítulo. Além disso, Vin não era dono de nada. Um problema que ele não tardaria em remendar.

Dei uma espiada em cinco projetos encabeçados por Vin Diesel que poderiam ser pensados como séries. Alguns caminharam além de um primeiro longa. Outros, mal tiveram público para pagar a pipoca de sua estreia no cinema. O que eu gosto no astro, entretanto, é que ele não para de tentar! Ah, a menção honrosa vai para "Guardiões da Galáxia", em que ele empresta seu vozeirão patra Groot. A Marvel ainda é o melhor plano de aposentadoria do ator moderno.

RIDDICK

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'Eclipse Mortal'
Imagem: Universal

Lançada em 2000, a ficção científica futurista "Eclipse Mortal" chegou aos cinemas com cara de filme B, enquanto Vin Diesel mal flexionava seus músculos de astro de cinema. Sob direção de David Twohy, o filme colocava o ator como Richard Riddick, um mercenário que se tornou um criminoso procurado em toda galáxia, com olhos cirurgicamente alterados para enxergar no escuro.

Alçado à condição de filme cult, "Eclipse Mortal" ganhou uma continuação em 2004, "A Batalha de Riddick", desta vez com orçamento de gente grande. Diesel, por sua vez, já assinava a produção e ajudava a manejar o barco. O fracasso nas bilheterias colocou a série em hiato, até ela ser retomada em 2013 como "Riddick 3", voltando às suas raízes de empreendimento independente. Um quarto filme está nos planos. Ponto para Vin!

XXX

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'Triplo X'
Imagem: Sony

"Triplo X" foi uma resposta nada sutil de Vin Diesel ao sucesso de "Velozes & Furiosos". Colocado no pedestal de herói de ação, ele optou por não retomar seu personagem, Dom Toretto, e aceitou US$ 10 milhões para encarar essa mistura de espionagem e esportes radicais, conduzida pelo mesmo Rob Cohen de "Velozes".

No fim, o filme não correspondia ao estusiasmo de sua campanha de marketing gigantesca, e Vin eventualmente retornou a "Velozes", assumindoi a produção em seu quarto capítulo. Não por coincidência, a saga de Dom Toretto aos poucos abandonou o tema de corridas urbanas para abraçar a espionagem internacional. Em 2017, depois de uma sequência furada sem seu astro, Diesel fez "XXX: Reativado", com a promessa de uma nova série de aventuras. Ficou na promessa.

MISSÃO BABILÔNIA

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'Missão Babilônia'
Imagem: Fox

Em 2008 Vin Diesel recusou o papel principal na versão para cinema do videogame "Hitman" em favor dessa ficção científica dirigida por Mathieu Kassovitz, uma adaptação do livro de Maurice Groeges Dantec. Diesel é Toorop, mercenário contratado por um gângster num futuro distópico para levar uma jovem da Ásia até Nova York. Ela, claro, tem poderes. Ele, por sua vez, é Vin Diesel.

O mundo desenhado em "Missão Babilônia" trazia espaço para expansão, com a explosão tecnológica dos Estados Unidos em contraste com a miséria no resto do mundo. Mesmo assim, e trazendo um elenco de apoio que incluia Michelle Yeoh e Mark Strong, o filme não passou de uma salada indigesta de clichês pós apocalípticos, com a ação incapaz de salvar o roteiro anêmico. Ficou na promessa.

O ÚLTIMO CAÇADOR DE BRUXAS

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'O Último Caçador de Bruxas'
Imagem: Paris/Lionsgate

Como a ficção científica não estava rendendo, Vin Diesel apostou na fantasia. "O Último Caçador de Bruxas", de 2015, o coloca como Kaulder, guerreiro imortal que há séculos trabalha com seus pares para preservar a harmonia entre humanos e bruxas, aprisionando ou executando as feiticeiras que quebram o pacto.

Existe no filme de Brick Eisner uma tentativa honesta de construção de mundo, enquanto Kaulder tenta impedir a ressurreição da maligna Rainha Bruxa. A trama sugere que o fim da ameaça não significa a segurança da humanidade, e o personagem de Vin Diesel deixa claro que outras aventuras viriam. A bilheteria pífia e a resposta crítica pavorosa argumentaram o contrário. Ficou na promessa.

BLOODSHOT

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'Bloodshot'
Imagem: Sony

"Guardiões da Galáxia" colocou Vin Diesel no bonde dos super-heróis, mas o astro queria algo além de emprestar sua voz a uma árvore. Entra em cena "Bloodshot", adaptação do herói dos quadrinhos da editora Valiant, no qual ele é Ray Garrison, soldado ressuscitado por meio de nanotecnologia injetada em seu sangue, agora em uma missão de vingança.

As cenas de ação são OK, e Vin faz o possível para dar alguma personalidade ao novo herói. No fim, porém, "Bloodshot" não vai além do filme B genérico. Lançado nos primeiros dias da pandemia global, ele mal recuperou o investimento modestíssimo de US$ 45 milhões. A ideia era iniciar um universo compartilhado com outros super-heróis Valiant, como X-O Manowar e Shadowman. Ficou na promessa.