Roberto Sadovski

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Reportagem

Como Fábio Porchat resgatou Sandy para o cinema em 'Evidências do Amor'

Fábio Porchat mal consegue acompanhar a velocidade de seus próprios pensamentos. Depois de longas férias, ele retomou ao batente a mil. Como diretor de teatro, na peça "Agora É Que São Elas". Gravando seu "Que História É Essa?" para a TV. Rabiscando ideias de novos filmes e séries. E, claro, falando sobre "Evidências do Amor", comédia romântica que o coloca ao lado de, veja só, Sandy Leah.

"Essa ideia foi minha", diz, entusiasmado, sobre trazer a cantora para o projeto. "Eu li uma entrevista com a Sandy e ela disse que nunca ninguém chamava ela para fazer nada como atriz," Contatos foram feitos, o projeto foi apresentado e, seis meses depois, com uma primeira versão do roteiro em mãos, ela topou. "Quando ela entrou, tudo mudou: é a Sandy!"

"Evidências do Amor" traz Porchat como um desenvolvedor de apps que tem o coração em frangalhos quando, depois de três anos, é abandonado por sua namorada - papel de Sandy. Arrasado, sua situação piora porque, sempre que ouve "Evidências", hino não oficial do Brasil, imortalizado na interpretação de Chitãozinho e Xororó, ele é arremessado ao passado para reviver uma lembrança da relação - e só lembranças de momentos tensos.

Fábio Porchat e Sandy Leah estão em 'Evidências do Amor'
Fábio Porchat e Sandy Leah estão em 'Evidências do Amor' Imagem: Warner

O fato de ter Sandy em um universo de ficção no qual existem Chitãozinho e Xororó e também José Augusto - autor da música - faz o projeto ser uma experiência ainda mais curiosa. "Eu cheguei a colocar uma piada em que perguntava para sua personagem se ela ouvia Sandy e Júnior quando mais nova", diverte-se. "Mas achamos que seria um nó muito grande na cabeça do público."

Esse mesmo público aos poucos tem retornado ao cinema. No mundo pós pandemia, em que todo mundo ficou em casa e a própria produção nacional esvaziou, a indústria vai se recuperando e reencontrando sua audiência, que lotou os cinemas para ver filmes tão diversos como "Nosso Sonho", "Nosso Lar 2" e "Minha Irmã e Eu". "Acho que as pessoas estão cansadas de ver séries em casa", teoriza. "Cinema é um compromisso mais rápido, que não prende ninguém por horas."

É nesse momento que "Evidências do Amor" recupera a experiência fofa de ver uma comédia romântica no cinema, trazendo todos os temperos que Porchat acredita que o público possa se conectar. "A Sandy se preocupava por ela não ser comediante, mas eu dizia que a piada faço eu, a fofura faz você", lembra. "O mais importante é a gente passar essa intimidade, o toque, o carinho", ressalta, antes de concluir. "As pessoas precisam acreditar que a gente quer transar!"

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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