Roberto Sadovski

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'As pessoas querem ser desafiadas', diz astro do novo 'Planeta dos Macacos'

"Eu não tenho vergonha nenhuma como ser humano." Owen Teague, astro de "Planeta dos Macacos - O Reinado", confessa que já fez muita coisa na vida, e nem de longe a mais estranha foi usar um traje de captura de performance. Foi a indumentária que o transformou no chimpanzé Noa no filme que continua uma das séries de ficção científica mais festejadas do cinema.

"Claro que usar aquela roupa cheia de pontos, com uma câmera presa à minha cabeça, foi um desafio", diz. "Mas depois de dois dias eu já havia esquecido que ele estava em meu corpo." Teague explica que ser transformado em um avatar digital foi libertador: "Eu sabia que, no fim, seria transformado em algo completamente diferente".

Trabalhar em "Planeta dos Macacos - O Reinado" se apresentava, claro, como um desafio. O filme do diretor Wes Ball combina cenários e locações reais com trucagens digitais de ponta para construir um mundo em que a civilização é regida por símios — cada um criado por atores "maquiados" virtualmente como os novos donos da Terra.

Owen Teague e Freya Allan falam sobre 'Planeta dos Macacos - O Reinado'
Owen Teague e Freya Allan falam sobre 'Planeta dos Macacos - O Reinado' Imagem: Disney/20th Century Studios

"Ver o filme completo foi como visualizar exatamente o que se passava na cabeça de Wes", arrisca Freya Allan, que no filme interpreta um de seus poucos personagens humanos, a misteriosa Mae. "Quando entramos no projeto ele mostrou storyboards, arte conceitual, tudo que ele pretendia criar. E foi exatamente como ele havia visualizado."

"Planeta dos Macacos - O Reinado", traz um bom equilíbrio de ação vertiginosa com a exploração da condição humana presente na série. "É difícil encontrar um roteiro tão dinâmico e, ao mesmo tempo, tão profundo", diz Teague. "Mas eu sou otimista, acho que as pessoas querem ser desafiadas, querem ver algo que as faça questionar."

Na trama, Noa e Mae terminam em choque com Proximus (Kevin Durand), líder de uma comunidade de macacos que, com sua sede de poder, parece repetir os mesmos erros que causaram o fim da civilização humana. "Não acho que o filme tenha vilões", coloca o ator. "Suas ações espelham o que ele acredita ser melhor para seus pares." Quando pergunto se estamos destinados a fracassar, Freya Allan é categórica: "Sim".

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