28 de dezembro de 1992. Por volta das 21h, a atriz e bailarina Daniella Perez, 22 anos, e Guilherme de Pádua, 23 anos, encerram mais um dia de gravação da novela De Corpo e Alma (Rede Globo). Após tirarem fotos ao lado de fãs, ele pega o carro e, com a esposa, Paula Thomaz, 19 anos, escondida no banco de trás, espera no acostamento de uma das vias de saída do estúdio. Ali, aguarda o automóvel de Daniella passar e a segue. Ao vê-la parar em um posto de gasolina para abastecer, posiciona seu veículo de forma a bloquear o dela. Quando sai para entender o que está havendo, Daniella leva um soco e desmaia. Guilherme e Paula a levam, então, para um terreno baldio na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro. E lá a matam com 18 perfurações no coração, pescoço e pulmão.
Prestes a completar 30 anos, o assassinato de Daniella segue tão chocante quanto se houvesse acontecido hoje. Apesar de abordado à exaustão pela mídia - e, talvez, justamente por isso - o caso ainda gera narrativas controversas. "As versões são muitas; a verdade é uma só", diz a autora e produtora Gloria Perez, mãe de Daniella, no trailer de Pacto Brutal: o assassinato de Daniella Perez.
Com direção de Tatiana Issa e Guto Barra (também responsável pelo roteiro), a série documental de cinco episódios que a HBO Max lança no próximo dia 21 reconstitui, com detalhes inéditos, as investigações e o julgamento deste homicídio duplamente qualificado - por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima.