'O Ritual - Presença Maligna' é uma bagunça disfarçada de filme de terror
A premissa de casas mal-assombradas presente em "O Ritual - Presença Maligna" já é bem conhecida, então, em uma tentativa de inovar, a produção tenta ir além e adiciona elementos à história. No entanto, o roteiro é confuso e deixa o filme apenas mais do mesmo.
O Ritual - Presença Maligna
Lançamento: 2020 Duração: 97 minutos Pais: Estados Unidos Status: Em Cartaz Direção: Christopher Smith Roteiro: Ray Bogdanovich, Dean Lines, David BetonNão é fácil manter a tensão e o medo no público durante um filme de terror. Para isso, é comum que produções do gênero adicionem alguns elementos à trama, como sustos, histórias sinistras e muito sobrenatural. "O Ritual - Presença Maligna" usa desses artifícios e começa com uma narrativa simples, mas acaba se perdendo.
No filme, acompanhamos Marianne (Jessica Brown Findlay), uma jovem mãe solo que se casa com o reverendo Linus (John Hefferman) em uma tentativa de dar uma vida melhor à filha, Adelaide (Anya McKenna-Bruce). Após o casamento, as duas se mudam para a casa do reverendo, uma linda mansão em uma cidade do interior da Inglaterra. No entanto, o novo lar da família já foi palco de diversas torturas no passado, e os fantasmas dos que ali morreram ainda habitam o local.
A premissa é simples e parece ter deixado os roteiristas incomodados com a falta de elementos, pois adicionaram à trama diferentes questões de religiões, paralelos com guerra, criança possuída, governanta misteriosa... Enfim, a mistura não deu certo e apenas apresenta um filme confuso, que não chega aonde quer chegar.
Com boas atuações e uma caracterização de época muito bem feita, daria até mesmo para desenvolver um longa agradável de ser assistido. Porém, não é o que acontece. Os diálogos se repetem, os personagens são desinteressantes e o real mistério por trás da casa mal-assombrada não é capaz de deixar o espectador tão curioso assim.
Com um final previsível, "O Ritual - Presença Maligna" termina com a sensação de que queria mostrar demais, mas não soube como fazer isso. É como se todas as ideias dos roteiristas tivessem sido aprovadas, mesmo que não conversassem entre elas. Uma pena.
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