Um thriller erótico! A definição (ou redução) do que é "Babygirl" mais atrapalha do que ajuda o filme dirigido pela holandesa Halina Reijn e estrelado por Nicole Kidman, que, pelo papel da executiva Romy, levou a Copa Volpi de melhor atriz no Festival de Veneza 2024. Ela também é uma das grandes cotadas para o Oscar 2025 e para o BAFTA 2025, mesmo tendo perdido o Globo de Ouro —para a brasileira Fernanda Torres. Mas por que ler "Babygirl" apenas como um thriller erótico atrapalha o filme? Porque o erotismo está na superfície da trama, mas o filme é, na verdade, sobre o que Romy, que serve como uma metonímia para as mulheres contemporâneas, esconde, reprime, não conta nem para si mesma, mas que vem à tona quando um jovem estagiário esfrega na cara dela toda sua liberdade (que ela perdeu ao longo dos anos com tantas responsabilidades e jogos de aparência). |