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Senador nos EUA pede que Disney tire Mulan do streaming; entenda a polêmica

Detalhe de pôster da versão live-action de 'Mulan', da Disney
Detalhe de pôster da versão live-action de 'Mulan', da Disney
Divulgação

De Splash, em São Paulo

10/09/2020 08h29

O senador norte-americano Josh Hawley, do partido republicano, escreveu uma carta aberta para a Disney pedindo a retirada de "Mulan" do serviço de streaming Disney+, em que o longa estreou no começo do mês. A informação é do Deadline.

No texto, Hawley explica que sua objeção é à colaboração da Disney com autoridades da província chinesa de Xinjiang, onde o governo da China administra campos de trabalho forçado para integrantes da minoria étnica dos Uighurs, de religião muçulmana.

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A Disney especificamente agradece, nos créditos de "Mulan", à cooperação do Serviço de Segurança Pública de Turpan, uma cidade na China que concentra grande população Uighur. Em outubro, o governo dos EUA impôs regras que impedem companhias norte-americanas de venderem armamentos e outros produtos a este e outros departamentos policiais chineses.

O Deadline ouviu Stanley Rosen, especialista em China e professor da Universidade da Carolina do Sul, sobre o possível impacto dos "boicotes" à "Mulan" em seu desempenho financeiro no país, principal mercado mirado pela Disney com o filme.

A reação negativa fora da China pode ajudar o filme a ganhar um apoio 'patriótico' no pais. No Weibo e no WeChat [aplicativos muito usados pelos chineses], 'Mulan' já é um dos assuntos mais falados, e há muito interesse por ele. [...] A maior parte das discussões é positiva, e não negativa."
Stanley Rosen sobre impacto de "boicote" sobre "Mulan"

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A Disney ainda não respondeu à carta do senador Rosen, que no final do texto pede retorno do estúdio até o dia 30 de setembro.