Tudo sobre Francisco Gil, neto de Gilberto Gil indicado ao Prêmio Multishow
De Splash, em São Paulo
17/09/2020 14h29
Existem famílias em que o DNA musical fala alto, como a de Gilberto Gil. Entre os netos, o talento surgiu e floresceu em Francisco e João, e também já pode ser visto em Flor, filha de Bela Gil, e na bisneta Sol de Maria. Mas estamos aqui para falar de Francisco Gil, filho de Preta e do ator Otávio Müller.
Você já ouviu falar dele? Francisco tem 25 anos e foi indicado à categoria Experimente do Prêmio Multishow, destinada a artistas promissores da nossa música.
Você já ouviu falar dele?
Francisco tem 25 anos e foi indicado à categoria Experimente do Prêmio Multishow, destinada a artistas promissores da nossa música. E o curioso é que, até os 18, ele nem cogitava seguir a carreira do avô. Só imagina a pressão de ser neto e seguir os passos deste homem.
O que nem todo mundo sabe é que Fran queria mesmo era ser cineasta. E ele estudou e chegou a trabalhar com cinema. Mas bem nessa época acabou entrando em uma banda, e não demorou para a coisa ficar séria. Ele, que já sabia tocar guitarra e violão, aprendeu a cantar.
Depois dessa decisão importante de vida, ele estreou oficialmente na música em 2018, quando lançou a banda Os Gilsons, ao lado do tio José e do primo João. O trio acompanhou Gilberto Gil no Coala Festival 2020. E, cá entre nós, foi lindo.
Paralelamente à banda, ele também tem uma nova e promissora carreira solo. Este ano, lançou o álbum "Raiz", que ganhou elogios da crítica. E foi por causa desse trabalho que foi indicado ao Prêmio Multishow.
O álbum traz nove faixas e muitas articipações especiais: Caetano Veloso, Ruxell e Russo Passapusso, do BaianaSystem, além do avô Gilberto Gil e a filha Sol de Maria Gil, de 4 anos, que aparecem em "Afro-futurista" e "Leve Axé". Contatinho é tudo, né? Mas, olha, o homem é talentoso.
O estilo do Fran? Está dentro do que conhecemos como MPB, com base acústica e e influências de vários sons da música brasileira. A maior delas? Claro: Gilberto Gil.
Dividir os vocais com Gilberto e com Caetano, outro ícone, foram os momentos mais emocionantes do trabalho solo. Eles são duas entidades para mim. Falo de ancestralidade no disco, então, automaticamente estou falando deles
Francisco Gil, em entrevista ao "Correio Braziliense"
Fran está fazendo a lição de casa direitinho. Além de cantar e tocar bem, ele visitou a África para pesquisar a cultura e gravar o clipe de "Coração Tambor". Seriam ecos de ancestralidade do clássico "Refavela" (1977), lançado por Gil após uma viagem à Nigéria?
Nesse disco, fiz a experiência reversa do meu avô com 'Refavela', compus o disco e fui lá para a África, onde muita coisa foi ressignificada para mim, tudo aquilo que já tinha sido composto e cantado. Foi uma experiência transformadora e bem especial.