Maisie Williams e a síndrome de 'impostor' como atriz (mesmo após 'GoT')
Do UOL, em São Paulo
18/09/2020 16h31
A atriz Maisie Williams contou hoje em entrevista para a Glamour Magazine que por muito tempo se sentiu "deslocada" na vida real e até mesmo como atriz durante "Game of Thrones", quando viveu a Arya Stark — que tem um dos melhores arcos da série inteira.
Ela conta também que ainda se incomoda com a síndrome de 'impostor', mesmo após ter sido elogiada pelo trabalho na série.
"Na escola, eu não estava no grupo dos 'legais' e eu pensava: 'não quero fazer parte disso', mas eu realmente queria fazer parte de um grupo. Eu nunca soube realmente como fazer isso e quando tentei foi da maneira errada. Quando eu estava insegura, ao invés de ser amigável, era o oposto e acho que isso é bastante comum para muita gente."
Se na vida pessoal ela se sentia insegura, a profissional também apresentava alguns obstáculos.
Já como atriz, Williams não se sentia confortável já que começou muito nova no mundo criado por George R. R. Martin e nunca tinha estudado atuação antes.
"Quando comecei a atuar, de repente, isso chamou a atenção das pessoas e elas disseram, 'O que essa garota está fazendo aqui, como ela é atriz?'. Então acabei sendo uma estranha porque, mesmo estando dentro do mundo da atuação, estava ainda mais fora do mundo real que vivia todos os dias."
"Eu nunca havia estuado para ser atriz e, porque comecei quando era muito jovem, realmente não sentia que estava nesse meio. Eu realmente não tinha amigos atuando ou algo assim, então eu definitivamente me senti uma estranha. Acho que mesmo sendo atriz há mais de uma década, ainda tenho a síndrome do 'impostor', sabe?"
Na entrevista, a atriz admite que o melhor a fazer seria deixar tudo isso de lado e parar de analisar como será o futuro dela como atriz (e até do presente).
"Mas, em vez disso, fico sentada na minha cama, pensando: 'talvez ninguém nos queira' ou 'talvez eu não deva sair de casa.'
Mas ela está melhorando. A britânica afirma que mostrar que sua opinião é válida — e descobrir quem você é — sempre ajuda. Outro momento importante, na vida pessoal, foi quando completou os 18 anos e encontrou um grupo de amigos que realmente a fez sentir como se pertencesse a um grupo.
'No domingo, íamos tomar brunch, depois todos voltavam ao trabalho e, no fim de semana seguinte, fazíamos tudo de novo. Foi o verão perfeito e essa foi uma época em que, finalmente, senti que estava fazendo algo que outras pessoas estavam fazendo da minha idade e me senti normal pela primeira vez."