Fabiana Escobar, a Bibi Perigosa da vida real, está se sentindo mais livre para comentar sobre a reprise de "A Força do Querer". Ela move um processo contra a Globo cobrando os direitos autorais pela venda da novela de Gloria Perez para outros países e diz ter consciência de sua razão.

O processo está seguindo os trâmites que tem que seguir. Agora entra aquele vai e vem da Justiça. Não tem essa briga, apesar de eu ser a parte lesada da história. Estou tranquila, não tenho um pingo de dúvidas da minha razão.

Procurada por Splash, a Globo diz que não comenta processos judiciais em andamento. Desde segunda-feira (21), a emissora reprisa a novela de Gloria Perez no horário nobre.

A assessoria de Fabiana afirma que, no contrato, estava previsto que ela recebesse o valor de direitos autorais caso a novela fosse vendida para outros países.

"Ela não recebeu. Em 2020, entrou com um novo processo pedindo esses valores e quase foi um empecilho para que a novela fosse reprisada. A Globo entrou com uma nova ação e conseguiu liberar a reexibição, mas o processo está em andamento ainda."

Fabiana Escobar escreveu o livro "Perigosa", em que narra sua história e o relacionamento com o traficante Saulo de Sá, conhecido como Barão do Pó da Rocinha. Gloria Perez se inspirou nela para criar Bibi (Juliana Paes), e a Globo comprou os direitos autorais da história para contá-la na trama.

Quando a novela foi ao ar pela primeira vez, Fabiana não se sentia à vontade para comentar as cenas. "Assisti à novela muito na minha, dei minha história para ser explorada, mas fiquei como espectadora, vendo calada. Desta vez mudou, porque percebi que tenho o direito de comentar, sim."

Ela agora pretende usar seu canal no YouTube para comentar os capítulos.

É a minha vida, foi o meu trabalho, porque eu que escrevi o livro. Agora me sinto à vontade para falar, brincar. Olho a novela com outros olhos, vejo como uma coisa muito minha. É a minha vida. Mereço fazer parte disso.

Desde de 2013, Fabiana trabalha na área da cultura e produz e dirige filmes no projeto Rocywood, na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. "Já produzimos dois curtas e um longa de terror, que deve ser lançado em dezembro".

É uma ferramenta que tenho para tentar retribuir à Rocinha, [dar] alguma coisa boa de mim, porque meu lado um pouco 'ruim' já tiveram. É o que amo fazer, a gente produz fazendo das tripas coração e tenta ser uma referência dentro da favela.