Após a notícia da morte de Quino, criador da Mafalda, Splash conversou com alguns cartunistas sobre a importância do argentino para o universo dos quadrinhos.

A cartunista Laerte espera que o mundo de Mafalda continue a influenciar outras pessoas, como aconteceu com ela.

Eu decidi fazer tiras e cartuns movida pelo trabalho do Quino.

Laerte conta sobre o dia em que viu Quino pela primeira vez. Nervosa, e sem saber o que dizer, ela só soltou um: "Eu chupei muito você". A cartunista disse que falou aquilo no sentido de "me inspirei em você". Quino só sorriu.

Ele deixa um trabalho absurdamente grande e marcante. Esse universo é eterno.

Já para Adão Iturrusgarai, criador das tirinhas de "Aline", publicadas no jornal Folha de S.Paulo, considera que o trabalho de Quino teve uma grande relevância para os cartunistas.

Todo cartunista da minha geração foi influenciado pelo Quino. Se não foi, era de outro planeta.

Arnaldo Branco, criador dos personagens de quadrinhos Capitão Presença e Mundinho Animal, diz que Quino deixa uma obra maior que seus cartuns, porque são verdadeiros poemas visuais.

Antes da internet, você precisava ser muito popular e talentoso para ter sua obra publicada. Quino era as duas coisas, todo mundo que conheço tinha seus livros.

O desenhista André Dahmer, criador dos Malvados, lamenta a morte de Quino e diz que é muito grato pelo trabalho do cartunista.

A Mafalda é um personagem icônico. O conjunto do trabalho dele não dá para dimensionar o tamanho da perda.