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7 vezes em que Eddie Van Halen inovou na música e entrou para a história

Eddie Van Halen Reprodução

De Splash, em São Paulo

06/10/2020 17h49Atualizada em 06/10/2020 21h52

Eddie Van Halen, infelizmente, não está mais entre nós. A lenda da guitarra, um dos mais importantes instrumentistas de todos os tempos, morreu hoje aos 65 anos, vítima de um câncer na garganta. Ele deixa para o rock um de seus maiores lutos e, principalmente, algumas de suas grandes inovações.

Eddie Van Halen popularizou e aperfeiçoou a técnica conhecida como "tapping", que consiste em bater com os dedos nas cordas da guitarra sobre o braço dela. E isso incrementou muito a sonoridade do rock e abriu o leque para milhares de guitarristas, de vários estilos.

Fãs das marcas Gibson e Fender, Eddie criou uma guitarra 100% original, sua lendária "Frankenstrat". O pulo do gato: ela unia características das duas fabricantes em um só instrumento. Trazia timbre próximo ao da Gibson e atributos físicos, incluindo barra de trêmolo, da Fender.

Falamos de trêmolo? Além do tapping, Eddie fez da alavanca de trêmolo parte indissociável de solos e riffs, mudando o tom das cordas rapidamente enquanto tocava. Não foi o primeiro a explorar o recurso, mas mostrou que ele poderia ir além de tudo que já havia sido feito antes na música.

Numa época em que o preconceito ainda reinava, Van Halen cruzou barreiras ao tocar com Michael Jackson no hit "Beat it". Convidado por Quincy Jones, criou um dos solos mais lendários da música pop, de técnica única e que mudou a forma como o segmento enxergava os guitarristas.

Além de reinventar a guitarra, em uma época em que guitarristas virtuosos começavam a perder espaço, Eddie trouxe de volta ao rock o espírito da diversão. E fez isso dando roupagem metal a sucessos do passado, como "You Really Got Me", dos Kinks, e "Oh, Pretty Woman", de Roy Orbison.

Outra inovação de Eddie: ensinou que o rock pesado poderia se renovar com outras sonoridades além da distorção. Ele teve a ideia de adicionar teclados ao peso do Van Halen. E entrou para história com a famosa introdução de "Jump", uma das mais icônicas de todos os tempos.

Saindo um pouco da música —mas não muito—, Eddie ainda tinha um lado político. Nos anos 1990, abordou questões políticas como a desigualdade na letra e clipe de "Right Now". Em "I Cant´t Stop Loving You", de 1995, ainda defendeu todas as formas de amor, incluindo entre pessoas do mesmo sexo.

Eddie, você vai fazer falta neste mundo louco. E muita!

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