Referência em organização na TV, Micaela Góes não descarta voltar a atuar
Esqueça a japonesa Marie Kondo ou as americanas Clea e Joanna, do "The Home Edit", fenômenos que ganharam força com a Netflix. O Brasil tem sua própria guru da organização: Micaela Góes. A apresentadora encerra hoje a 12ª temporada do "Santa Ajuda", programa que ela comanda no GNT há quase dez anos.
Mas nem sempre foi assim...
Micaela só passou a organizar a casa dos outros profissionalmente depois de uma bem-sucedida carreira na TV. Quem viveu os anos 1990 vai se lembrar dela em novelas como "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1991) e "O Amor Está No Ar" (1997), onde trabalhou com a irmã, a também atriz Georgiana Góes.
Inseparáveis, 23 anos depois as irmãs voltaram a trabalhar juntas por causa da pandemia. Georgiana foi para trás das câmeras e ajudou Micaela a transformar o "Santa Ajuda" em "Santa Ajude-se" nesse ano atípico. A gente já contou essa história aqui.
Tem mais gente famosa da televisão envolvida na mudança de carreira de Micaela: Camila Pitanga!
A organização chegou na minha vida por acaso. Minha primeira cliente oficial foi a Camila Pitanga, que é minha comadre e foi minha amiga de faculdade. Falei para ela: 'Posso organizar sua casa como eu faria com a minha, mas não sei se vai dar certo.'
Claro que deu! Camila ficou satisfeita com a arrumação e a estimulou a se profissionalizar em uma época que personal organizer ainda soava como grego no Brasil. A partir daí, na base do boca a boca, Micaela Góes engatou uma organização atrás da outra, levando a identidade dela para o novo trabalho.
Eu sou das artes. Eu me formei bailarina clássica, dancei na Alemanha, depois eu me formei atriz e fiz uma pós-graduação em arte terapia.
A organização me escolheu e com ela veio toda a minha trajetória. No meu trabalho hoje em dia tem um pouco de cada uma dessas versões que moram em mim.
Da época de bailarina, ela herdou a disciplina e a dedicação. Já como atriz, ela traz a habilidade do improviso e de comandar um programa, claro. E, como arte-terapeuta, Micaela se destaca com o lado humano, tão valorizado nas histórias contadas ao longo desses anos à frente do "Santa Ajuda".
Uma casa é um teto e quatro paredes. São as histórias das pessoas que diferem um espaço do outro. Toda desorganização tem um porquê, ninguém é desorganizado porque quer.
E Micaela sempre foi organizada, sem notar que aquele dom tão natural era um talento. Foi preciso o empurrão de Camila Pitanga para que ela se desse conta que tinha mais um caminho a trilhar profissionalmente.
Sempre tive a curiosidade de buscar alguma coisa que me inspirasse. Eu nunca pensei nem planejei trabalhar com organização, não existia essa referência de trabalho para mim. Quando descobri que podia viver disso e que me dava um enorme prazer, trabalhei oito anos ininterruptamente só por indicação.
Isso tudo antes do "Santa Ajuda" chegar, em 2011, e trazê-la de volta para a televisão, mas de um jeito diferente. Seu último trabalho nas novelas foi em "Ti Ti Ti" (2010). Ela ainda voltou a atuar em 2017 na série "Cidade Proibida". Para Micaela as portas sempre estão abertas, em todos os sentidos.
Se em algum momento eu tiver a oportunidade de voltar a fazer um trabalho como atriz as minhas portas e o meu coração estão sempre abertos para o que a vida traz. A gente não deixa de ser nada.
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