Como Maitland Ward, patricinha em 'As Branquelas', se deu bem fazendo pornô
De Splash, em São Paulo
06/10/2020 04h00Atualizada em 06/10/2020 19h18
A atriz Maitland Ward, a Brittany do filme "As Branquelas" —lembra dela?—, ganhou as manchetes esta semana com mais uma declaração forte. Na opinião dela, trabalhar em Hollywood é mais difícil e degradante do que no cinema pornô, em que atua e faz sucesso hoje em dia. Não duvidamos, amiga.
Hollywood se tornou limitadora e chata para mim. Não queria que minhas únicas opções fossem fazer a 'soccer mom [mãe de meia idade]' em um seriado ou viver exclusivamente de um papel que desempenhei na minha juventude"
Maitland Ward ao jornal "Daily Star"
Carreira anterior
Maitland Ward apareceu pela primeira vez para o público americano em 1994, quando entrou novela americana "Paixão e Ódio" interpretando a personagem Jessica Forrester. A produção chegou a ser exibida na TV aberta brasileira nos anos 1990.
Foi com esse papel, por sinal, que Maitland começou a ser reconhecida na carreira. Em 1995, ganhou o prêmio de melhor atriz jovem no Young Artist Awards e foi indicada novamente no ano seguinte. Ainda em 1995, terminou como finalista no Soap Opera Digest Awards, na categoria atriz revelação.
Mas seu papel mais conhecido na TV veio em 1998, quando estreou na série teen da Disney "O Mundo É dos Jovens" (1993-2000), na pele da divertida Rachel McGuie, adolescente que era disputada pelos galãs da história.
É a ruivinha do alto
Anos depois, Maitland ainda conseguiria outro papel de destaque no sucesso "As Branquelas". Sua personagem era a socialite Britt, uma das irmãs patricinhas que são "substituídas" na história pelos agentes Kevin e Marcus Copeland.
Precisamos admitir que este filme marcou uma geração
Após "As Branquelas", Maitland ainda apareceu em duas sitcoms e, em 2006, se casou com o corretor de imóveis Terry Baxter. Eles se mudaram para Nova York e ela começou a estudar teatro na Universidade de NY. Mas, sem conseguir papeis no cinema, acabou se aposentando precocemente das telas.
Até que, em 2013, Maitland descobriu um novo filão: posar nas redes sociais e ganhar likes no Snapchat e Instagram, inclusive como cosplay. Em 2016, apareceu com o corpo todo pintado pelo artista Luciano Paesani, para uma exposição em Los Angeles chamada "Living Art".
Os convites para fazer filmes pornôs começaram a pintar daí. E ela aceitou. O primeiro se chama "Drive". Maitland recebeu apoio de amigos e da atriz Trina McGe, colega nos tempos da série "O Mundo é dos Jovens". E já disse que não se arrepende nem um pouco da mudança de ares.
E não dá pra se arrepender mesmo. Este ano, ela ganhou troféus no AVN Award e XBIZ Awards, importantes premiações do cinema adulto. Fora que ganha mais dinheiro hoje com o pornô do que em Hollywood, que pra ela só valoriza mulheres com menos de 35 —a não ser quando você é uma Jennifer Aniston.
Eu nunca conseguiria estar tão confortável com minha própria pele e sexualidade se não fosse pelos filmes adultos. A pornografia celebra os corpos das mulheres, de todos os tamanhos. As curvas, mais do que apreciadas, são procuradas. O mainstream do cinema exige que sejamos palitos.
Maitland Ward