Contra ansiedade e medo da covid-19, Di Ferrero descobriu a meditação
De Splash, em São Paulo
12/10/2020 04h00
Huuuuummmmmmmmmmm...
Sente-se numa posição confortável, diminua o brilho da tela do seu celular e respire fundo para ler essa história de como Di Ferrero aprendeu a dar uma pausa no ritmo frenético da sua vida com a ajuda da meditação, ioga, tai chi chuan e outras práticas.
E claro: em 2020 ele teve mesmo que tirar o pé do acelerador. Depois da pausa nas atividades do NX Zero, Di lançou sua carreira solo, mas se viu no isolamento da pandemia quando contraiu a covid-19.
Ah, e já que o assunto é meditação e relaxamento, o Di indicou para Splash esse grupo aqui que se chama American Dollar. Se você curte lo-fi beats vai curtir ouvir esse som enquanto lê o texto.
O primeiro contato com essa vibe DI BOA —perdoem o trocadilho— aconteceu com quando o NX Zero já estava num bom patamar: hits, discos de sucesso e muitos shows na estrada. Mas faltava preencher algo.
Sentia que faltava algum desafio. Não sabia o que era. Nem se era dentro da música ou uma busca minha mesmo. Foi aí que me permiti fazer coisas que antes eu não entendia.
E aí ele experimentou de tudo o que podia: ioga, tai chi chuan, estudos sobre física quântica, visitas a templos hare krishna e até vigílias ufológicas. "Você tem que ir. Te juro", disse à Splash.
Ahnnnn, talvez em outra pauta, Di.
Em maio, Di Ferrero já vivia nesse processo de autoconhecimento, mas foi forçado a se isolar ao ser diagnosticado com a covid-19. Rituais e a meditação o ajudaram a passar esses dias em recuperação. E o cantor não faz rodeios quando é questionado sobre a sensação de carregar o coronavírus: "Medo".
Eu fiquei com medo mesmo. Fiquei sem voz, tive medo de ficar com sequelas, perder agudo. Era difícil manter a cabeça no lugar. Eu me vi sozinho.
Uma coisa que boa parte das práticas das quais é adepto têm em comum é justamente o foco no exercício da respiração. E a covid o atacou ali mesmo.
A covid vai direto na respiração. E meu fôlego estava muito curto. Não conseguia puxar o ar fundo. Foi muito desesperador.
Recuperado, Di leva lições que teve durante o período —principalmente empatia, como aponta pra Splash— e mantém sua rotina de práticas e rituais de autoconhecimento. Atualmente, tem se dedicado a Isha Kryia, um tipo de meditação guiada que faz pelas manhãs com a ajuda da mulher, Isabeli Fontana.
A ansiedade agora é pela retomada dos shows e quem sabe colocar o pé na estrada novamente. Durante a pandemia, Di lançou músicas com Iza ("Onde a Gente Chegou"), Lucas Silveira ("Será - Eu Não Vou Parar"), Vitor Kley ("Farol"), entre outras. E ele já faz planos de como irá carregar suas práticas.
Comecei a levar tudo para hotéis, camarins. Ponho um som, faço uma defumação com incenso, sálvia. Isso muda o clima e faz você sentir que está protegido.