Novo contratado da Record, Cabrini critica ataques de Bolsonaro a imprensa
12 anos depois de sua primeira passagem pela Record, o jornalista Roberto Cabrini está de volta à emissora. Ele se despediu do SBT para assumir posição de destaque no 'Domingo Espetacular', programa com foco em grandes reportagens.
Splash conversou com Cabrini, que se disse animado com a chegada na nova casa e ansioso para desenvolver novos projetos.
É um momento de grande efervescência no telejornalismo da Record. Inicialmente, vou começar fazendo a grande reportagem, que é a minha veia. A partir de janeiro a gente vai colocar em prática outros projetos.
Cabrini retorna à Record num momento de ataques do presidente Jair Bolsonaro a imprensa. Ele afirmou que a sociedade tem que estar vigilante para evitar o autoritarismo.
Em entrevista ao UOL em abril de 2019, Cabrini disse que Jair Bolsonaro estava se mostrando um presidente mais democrático que se imaginava por suas declarações durante a campanha. Ele mantém essa mesma visão.
Eu acho que ele tem momentos democráticos, como tem momentos não tão democráticos. Quando ele ataca a imprensa, ele ataca a todos nós [jornalistas]. O problema é você carimbar algo. Tem muitas coisas que ele faz que eu não concordo, outras eu concordo.
Sobre os tempos de polarização, Cabrini diz que seu partido é o jornalismo.
Quando eu entrevisto alguém da direita, falam que eu sou da esquerda, sou comunista. Quando falo com alguém da direita, sou o contrário. Por que isso? Porque eu questiono!
Começo no esporte e redes sociais
Roberto Cabrini tem 60 anos e nasceu em Piracicaba. Torcedor do Palmeiras e do XV da sua cidade, o jornalista começou sua carreira no jornalismo esportivo e diz que foi uma escola que o ensinou a contar boas histórias.
O esporte tem uma parte meio óbvio da editoria - quem ganhou, quem perdeu. Mas também uma parte fascinante, porque você fala com personagens de grande poder de comunicação com as pessoas.
Usuário assíduo do Twitter e do Instagram, ele também destacou a importância das redes sociais, sem esquecer do problema das fake news e das distorções nos discursos. Para Cabrini, o jornalista que não está atento às demandas das redes sociais, é um "dinossauro".
No final do dia, o que é valorizado é o verdadeiro jornalismo. Essa interatividade tem mais aspectos positivos, porque ela democratiza a informação. O jornalista que não se preocupa com a comunicação em todas as redes sociais é um dinossauro dos nossos tempos.
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