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Terror no Twitter: narrativas de assombração fazem sucesso na rede social

Você gosta de histórias de terror?
Você gosta de histórias de terror?
Getty Images

Colaboração para Splash, no Rio

31/10/2020 04h00

Histórias de terror sempre despertam o fascínio até em quem assume sentir muito medo delas. E o Twitter tem sido lugar frequente para casos que exploram o outro lado, vide a história do apê assombrado do Pedrinho, onde morou o produtor Boss in Drama, visitado por Mr. Catra, Karol Conka e Ludmilla.

São vários os perfis que se propõem a compartilhar narrativas do gênero e com isso reúnem seguidores interessados em saber mais sobre as estranhezas silenciosas que habitam entre o mundo dos vivos e dos mortos.

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Um deles é o "cavalo que conta histórias": @tantopiassu, perfil do escritor e advogado Fernando Gurjão Sampaio, com mais de 100 mil seguidores. Entre fatos e relatos cotidianos, Tanto (apelido de infância) divide com seguidores casos de terror vividos por ele e outros que lhe são confiados.

Crianças e paranormalidade: uma combinação daquelas.

Segundo Tanto, a história desse thread aí de cima essa é uma das primeiras que ele contou no Twitter e aconteceu com sua própria filha. O texto acabou sedimentando esse rumo pela narrativa de terror na rede social.

No caso dele, o interesse pelas histórias de terror começou ainda criança e inspirou até um livro chamado "Ladir Vai ao Parque e Outras Histórias". O volume ganhou o concurso literário da Fundação Cultural do Estado do Pará, na categoria contos, e foi publicado pela organização, em 2016.

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Esses textos sempre povoaram minha imaginação e tratam do obscuro, do tétrico, do horror, com seres estranhos e assustadores. Mas eu jamais optei por dar vida a eles. Eles sempre viveram na minha cabeça e só deixo que saiam.

Além disso, vários relatos chegam a Tanto pelo próprio Twitter, Telegram e até pessoalmente para que ele as reconte com as próprias palavras. O escritor e advogado destaca a espécie de confiança que há nesse compartilhamento, já que algumas dessas histórias são bem pessoais.

Depois que os relatos chegam a mim, faço uma espécie de interrogatório com a pessoa para conseguir detalhes, impressões e fatos que acabam passando despercebidos, mas que fazem toda a diferença na hora da narrativa. Dá trabalho e jamais é feito de qualquer forma. Se não for assim, o leitor sente.

Dentre as favoritas, ele destaca a história da afogada que se recusa a sumir e surge de forma trágica para um grupo de jovens na praia, em Castelhanos; o carnaval de sustos e aparições misteriosas em Paranapiacaba e a história do táxi, um relato de pós-morte feito por ele depois de um sonho bizarro.

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Por conta do grande engajamento no Twitter, as histórias de Tanto ganharam versões em podcast, com direito a sonoplastia e recursos técnicos para dar ainda mais recursos à imaginação.

No Spotify, somos o sétimo podcast de ficção. Estamos no top 20 de histórias de crimes e, mais recentemente, estamos na lista de Podcasts que Devem ser Ouvidos, ainda Spotify. Prestes a chegar a 20 mil downloads, a vontade de contar histórias, seja por fios ou podcast, só aumenta cada vez mais.