Solange Freitas, candidata à prefeitura de São Vicente, sofreu um atentado a tiros na manhã de ontem (11). Ela e outras quatro pessoas estavam no veículo, que era blindado. Ninguém se feriu.

Solange é jornalista há quase 30 anos. Ela começou numa TV local e, desde 2005, integrava a equipe de jornalistas da TV Tribuna, afiliada da Globo na Baixada Santista e no Vale do Ribeira.

Ela é um dos rostos mais conhecidos na região. Por realizar reportagens de interesse na comunidade, a repórter era vista como uma 'advogada do povão' —Solange está no último ano da faculdade de direito.

Por conta das constantes participações nos jornais de São Paulo, como o "SPTV" e o "Bom Dia São Paulo", Solange criou uma parceria fina com Rodrigo Bocardi, apresentador do jornal matutino.

Era comum ver a repórter e o apresentador descontraídos quando o assunto era mais leve, com direito até a piada de duplo sentido

Certa vez, num link sobre a venda de alimentos para a Sexta-Feira Santa, Solange perguntou a Bocardi se ele queria um 'namorado', fazendo referência ao peixe.

Além disso, a jornalista era presença frequente nos principais programas da Rede Globo, como "Jornal Hoje" e "Jornal Nacional".

Entre suas coberturas de grande destaque está um incêndio no porto de Santos que durou quase dez dias.

Solange nasceu em Santos, tem 50 anos e é formada em jornalismo pela UniSantos (Universidade Católica de Santos).

Ainda na faculdade, ela perdeu a mãe por conta de leucemia. Ela tem um filho, Bruno, de 26 anos.

Durante seus anos de redação, era comum ver Solange discutindo por uma pauta, sendo uma das primeiras a entrar e a última a sair.

Quem trabalhou com Solange Freitas a descreve como "trabalhadora" e "mãezona".

Ao deixar a TV Tribuna para seguir a carreira política, ela ganhou uma placa como homenagem da empresa.

Ameaças e 'terror'

No início do ano, Solange se desligou da TV Tribuna e lançou sua candidatura para a prefeitura de São Vicente pelo PSDB.

Em live recente, ela relatou que um dos diretórios da sua campanha foi atacado e que estava proibida de fazer campanha em comunidades carentes da cidade. O UOL revelou uma ordem do PCC para que candidatos do PSDB não realizassem campanhas em comunidades do estado.

Além de Solange, estavam no veículo seu vice, Gil do Conselho, uma assessora, um cinegrafista e o motorista. Segundo Splash apurou, todos estão "aterrorizados" com o crime.