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Scooter Braun vende direitos de músicas de Taylor Swift por R$ 1,62 bilhões

Taylor Swift - Beth Garrabrant
Taylor Swift Imagem: Beth Garrabrant

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/11/2020 21h01

Scooter Braun decidiu vender todos os direitos dos primeiros discos de Taylor Swift. O material estava em poder da antiga gravadora, a Big Machine Label Group, que foi vendida para a Ithaca Holdings LLC, de Braun.

De acordo com a revista Variety, o comprador é desconhecido, mas o negócio deve chegar a US $ 300 milhões (cerca de R$ 1,62 bilhões) e foi fechado nas últimas duas semanas. Big Machine foi comprada em junho de 2019, por pouco mais de US $ 300 milhões.

A aquisição englobou todos os aspectos dos negócios da BMLG, incluindo sua lista de clientes, acordos de distribuição, publicações e artistas mestres de propriedade. Taylor Swift assinou com o BMLG no início de sua carreira.

Seu contrato com a gravadora expirou em 2018, após ela assinar um contrato para futuras gravações com o Universal Music Group. Agora, a cantora está livre para regravar canções de seus primeiros cinco álbuns lançados pelo BMLG a partir deste mês.

Em agosto de 2019, ela já havia manifestado sua vontade de regravar o catálogo produzido na BM. Embora a maioria dos contratos de gravação tenha disposições que proíbem o artista de recortar o material por um período de anos, de acordo com a Variety é especulado que a artista tinha termos favoráveis em seu contrato que tornariam suas músicas elegíveis para regravação em um determinado ponto após o final de cada ciclo do álbum.

A relação de Taylor Swifit e Scooter Braun já andava estremecida. Em diversas vezes, a cantora desabafou publicamente que a transação das empresas não a favoreceu e chegou a revelar que o executivo, nos bastidores, sofria bullying do empresário.

Nas redes sociais, a cantora se pronunciou sobre o assunto em carta.

"Eu queria checar e atualizar vocês. Assim como vocês sabem, pelo último ano eu vim tentando ativamente recuperar a propriedade das minhas gravações master. Com esse objetivo em mente, meu time resolveu entrar em negócios com Scooter Braun", afirmou.

Taylor ainda revelou que o time do empresário queria que ela assinasse um contrato que diria que ela não falaria nada de Scooter Braun, "a menos que fosse positivo, antes mesmo de que nós pudéssemos olhar os registros financeiros da BMLG."

"Então eu teria que assinar um documento que me silenciaria para sempre e eu não poderia licitar no meu próprio trabalho. Meu time legal disse que isso era absolutamente anorma", continua. "Estas gravações masters não estavam à venda para mim." A cantora ainda afirmou que há alguns semanas recebeu uma carta de uma companhia privada chamada Shamrock Holding, que teria comprado 100% de sua música, vídeos e álbuns de Scooter Braun.

"Esta foi a segunda vez que a minha música foi vendida sem o meu conhecimento. A carta me dizia que eles queriam me alcançar antes da venda para que eu soubesse, mas que Scooter Braun tinha requisitado que eles não tentassem nenhum contato comigo ou com meu time, ou o acordo estaria cancelado".

Na mensagem, Taylor ainda afirmou que descobriu que Scooter Braun ganharia lucros sobre o seu trabalho por muitos anos. "Eu estava esperançosa e aberta com a possibilidade de uma parceria com a Shamrock, mas a participação de Scooter não é o ideal para mim".

Taylor ainda antecipou para os fãs que recentemente recomeçou a regravar as suas canções antigas e que ela terá "muitas surpresas" em sua loja. A cantora ainda anexou a carta que teria enviado para a empresa no final de outubro recusando a parceria pelo envolvimento de Braun.