Emocionada, Bárbara Paz diz que filme sobre Babenco é 'carta de amor'
A vida e a morte de Hector Babenco vão representar o Brasil no Oscar. "Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou" conta com a direção da viúva Bárbara Paz e retrata a paixão do cineasta argentino por contar histórias através das lentes, além de retratar seus últimos dias de vida.
Splash conversou com Bárbara, que se disse emocionada com a indicação. O filme, que teve a estreia adiada por conta da pandemia do novo coronavírus, entrará em cartaz no dia 26 de novembro.
A atriz e diretora conheceu o cineasta em 2007 e foi casada com ele até 2016, ano de sua morte por decorrência de uma parada cardíaca.
Fui dormir super feliz, emocionada. A indicação é uma alegria imensa, mas ainda tem um longo caminho. Esse filme é uma carta de amor, um poema. Eu não queria mostrar só o final, mas o que foi Hector Babenco durante sua vida.
Em diversos momentos do filme, Babenco reforça que o cinema não faz parte da sua vida. Ele é a sua vida. Esse desejo por contar histórias nos rendeu trabalhos como "Pixote" (1980), "Carandiru" (2003) e "O Beijo da Mulher Aranha" (1985). Este último concorreu ao Oscar de melhor filme.
Com seus filmes, o argentino retratou o Brasil como poucos. Em 1977, ele dirigiu "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" e se naturalizou brasileiro no mesmo ano.
Ele é o mais brasileiro entre os argentinos [risos]. Ele se sentia um exilado, mas se apaixonou pelo Brasil. Quando dirigiu 'Lúcio Flávio', ele decidiu que tinha que se naturalizar. Ele sentia que não poderia contar a história de um brasileiro sem ser um.
No dia 9 de fevereiro, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgar uma lista de pré-indicados, e no dia 15 de março a lista final dos indicados ao Oscar. A premiação do Oscar acontecerá em 25 de abril de 2021.
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