'The Last of Us' vai mesmo virar série e tem tudo para ser uma das melhores
A HBO encomendou a série baseada no game "The Last of Us", sucesso do universo PlayStation, e é difícil segurar a empolgação depois da notícia publicada pelo EW. Até quem não conhece os jogos precisa saber que este tem tudo para ser um dos melhores seriados de drama pós-apocalíptico.
A história é excelente, os personagens são complexos e os envolvidos são ótimos.
Os produtores-executivos são Craig Mazin e Carolyn Strauss, de "Chernobyl", e Neil Druckmann (diretor criativo dos dois jogos de "The Last of Us"). São nomes premiados e conscientes do que esta história representa.
Nada disso é garantia de que a série vai ser o espetáculo que estamos esperando, mas são indícios muito promissores. E se você nunca jogou "The Last of Us" na vida —ou nem sabe segurar um controle de PlayStation—, nós estamos aqui para ajudá-lo. Não precisa ser gamer para criar expectativa.
Sem spoilers, a sinopse do 1º jogo é: em 2013, um fungo (Cordyceps, que existe na vida real e "zumbifica" insetos) começa a infectar pessoas. O protagonista, Joel, perde a filha no começo da pandemia e precisa aprender a sobreviver contra milícias humanas e infectados que parecem zumbis.
O fungo existe mesmo, mas a parte de infectar humanos é ficcional. Fique em paz!
Os humanos infectados são diferentes do que a cultura pop conhece de zumbis. Existem tipos diferentes, dependendo do estágio de desenvolvimento do fungo em cada corpo: alguns enxergam, outros só ouvem, alguns são quase impossíveis de matar... É ficção pura, claro, mas também biologia.
O Cordyceps não é um zumbi que quer comer cérebros por ser malvado, é só um parasita tentando sobreviver.
Mas Joel também precisa sobreviver, e é o que ele continua tentando fazer 20 anos depois da morte de sua filha. No caminho, ele conhece Ellie, uma garota de 14 anos que pode ser a cura para a pandemia e precisa ser retirada em segurança de uma rígida zona de quarentena.
É um encontro de almas: um homem despedaçado, sem razão para viver, e uma criança inocente que nunca conheceu o mundo fora da pandemia. Não por acaso, é uma das experiências mais intensas da história dos videogames, sem qualquer exagero.
É uma jornada dolorosa e pesada, como uma história pós-apocalíptica precisa ser, mas também é contemplativa e sensível. Você sente as mortes.
"The Last of Us" nos traz sentimentos tão doidos que séries de zumbis como "The Walking Dead" parecem superficiais.
Resta saber se a série se dará bem sem o maior aliado dos games: a interatividade. Jogando, você é responsável por decisões intensas como fugir de fininho (o que faz a gente prender a respiração sem perceber) ou matar pessoas que, assim como Joel e Ellie, só querem sobreviver.
O gameplay tem socos no estômago constantes, e a produção da HBO não nos colocará no controle da mesma forma. Mas a emissora merece crédito por seus bons trabalhos dramáticos, assim como os nomes responsáveis por "Chernobyl" e pelo próprio "The Last of Us".
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