"The Mandalorian" encerrou hoje sua segunda temporada no Disney+. Mas não só: a temporada terminou com um final excepcional que consagra a série como uma das melhores do ano e ainda resgata de vez a esperança no universo "Star Wars".

(E faz também você chorar horrores, vou admitir).

A franquia andava um pouco abalada depois dos lançamentos fracos de "A Ascensão Skywalker" e "Solo", mas encontrou um respiro necessário na série criada por Jon Favreau ("Homem de Ferro") e na fofura de seu Baby Yoda —o que tanto eu quanto nosso colunista Roberto Sadovski registramos por aqui.

A segunda temporada, que agora podemos olhar como uma unidade completa, deixou o nível ainda mais alto.

Assim como a primeira, ela ainda carrega a inocência da trilogia original, criada nos anos 1970 por George Lucas, mas ganhou ainda mais espaço para divertir e inovar, especialmente em sua segunda metade.

Os episódios 5 e 6, dirigidos respectivamente por Dave Filoni e Robert Rodriguez, trouxeram algumas das sequências visualmente mais impressionantes da série e ainda serviram para introduzir dois grandes fanservices —os retornos de Ahsoka Tano e Boba Fett— sem deixá-los ofuscar o resto da história.

"O Resgate", episódio final da temporada dirigido por Peyton Reed (Homem-Formiga), foi o ápice dessa crescente em que "The Mandalorian" já vinha. Mas para falar disso teremos que entrar em spoilers, então pare aqui se você não quiser saber o que acontece.

Ainda aqui? Então vamos...

O final da temporada finalmente colocou Din Djarin (Pedro Pascal) e companhia dentro da nave de Moff Gideon (Giancarlo Esposito), que mantinha Grogu, o Baby Yoda, preso.

Reed bolou sequências de combate e tensões espetaculares, incluindo o esperado confronto de Din e Gideon (então de posse do sabre sombrio) e alguns momentos bem interessantes envolvendo os Dark Troopers.

Mas o verdadeiro soco emocional da série veio nos minutos finais do episódio: quando tudo parecia perdido, surgiu um misterioso jedi, que se revelou um Luke Skywalker jovem —já com seu treinamento completo e no ápice de seu poder, algo que a trilogia clássica não teve a oportunidade de explorar.

Foi um momento de esperança como só "Star Wars" pode proporcionar. Afinal, a esperança sempre foi um dos grandes temas da saga, e "The Mandalorian" entendeu bem o recado.

Mas o golpe vem ainda mais forte quando Luke se oferece para levar Grogu para treiná-lo, e o pequeno precisa se despedir do nosso Mando. O relacionamento dos dois se construiu como o coração da série, e fez até o mandaloriano tirar o seu capacete (não uma, mas duas vezes!)

A despedida é genuinamente emocionante, e capaz de derreter até os corações mais gelados da galáxia.

Ao mesmo tempo, o final traz desafios...

Confirmada para uma terceira temporada, "The Mandalorian" agora precisa encontrar um caminho sem a criaturinha que a tornou um fenômeno —ou com a presença dela um pouco reduzida, já que Grogu e Din, pelo visto, estão fadados a seguirem caminhos diferentes.

Esperamos ansiosos para ver quais serão os novos capítulos dessa história, e se eles seguirão encantando tanto quanto já fizeram.

Como deve ser.