Kate Winslet revela insegurança sobre sua aparência ao chegar em Hollywood

Kate Winslet participou de uma roda de conversa promovida pelo "Los Angeles Times" ao lado de Michelle Pfeiffer, Vanessa Kirby, Rashida Jones e Andra Day, e falou sobre seu começo em Hollywood, no meio dos anos 90 — quando achava não ser "bonita o suficiente" para fazer sucesso.

Apesar de já ter sido indicada a um Oscar (Melhor Atriz Coadjuvante por "Razão e Sensibilidade", dirigido por Ang Lee em 1996), Winslet não era muito conhecida nos Estados Unidos até protagonizar o mega sucesso "Titanic", que venceu 11 Oscars e é, até hoje, uma das maiores bilheterias da história do cinema. A atriz britânica comentou que se sentiu insegura quando chegou a Hollywood para trabalhar no filme.

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Eu estava interpretando uma americana pela primeira vez. E trabalhando com Leo (Leonardo DiCaprio), que eu tinha visto em 'Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador' e 'Diário de um Adolescente'. Então foi tipo 'Meu Deus, sou só a Kate, de Reading!", disse ela, em referência ao seu local de nascimento no Reino Unido.

Eu era a garota com excesso de peso que sempre ficava no fim da fila. E porque meu sobrenome era com W, às vezes eu nem chegava na porta do teste porque eles estavam sem tempo antes dos Ws. E aí fui para 'Titanic'. Foi uma loucura.

Rashida quis saber como Winslet conseguiu recuar depois do enorme sucesso de "Titanic", recusando grandes papéis e investindo em filmes independentes. A atriz foi direta: "A resposta honesta é que eu tinha medo de Hollywood. Um lugar grande e assustador, onde todos tinham que ser magros e ter uma certa aparência", explicou.

E eu sabia que não parecia assim ou não sentia que me encaixava ali, então, se algum dia eu fosse pertencer, eu tinha que ganhar meu lugar. E para mim, eu não tinha merecido. "Titanic" poderia ter sido um acaso. Eu tinha feito 'Almas Gêmeas' (de Peter Jackson, em 1995). Eu tinha feito 'Razão e sensibilidade', pelo qual fui indicado ao Oscar aos 19 anos, mas ainda tinha a sensação de 'talvez tenha sido apenas sorte'.

Segundo ela, a maternidade mudou seu modo de pensar: "Quando me tornei mãe aos 25, tudo isso evaporou completamente. Então, dois anos depois que ela nasceu (Mia Honey Threapleton, sua primeira filha), me pediram para fazer 'Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças' (de Michel Gondry, 2004). Eu acredito que foi uma grande virada na minha carreira, porque a partir daí as pessoas de repente pensaram: 'Oh, ela pode fazer isso?'", brincou.

Atualmente, Winslet está em campanha para receber uma indicação ao Oscar por seu novo filme. "Ammonite". Ela já foi lembrada pela Academia por sete vezes, recebendo o prêmio de Melhor Atriz em 2009, pelo longa "O Leitor".