Ex-Rouge, Lu Andrade desabafa sobre fama: 'Não sentia mais nada no palco'
Após dar partida em sua carreira solo com o EP "Elo", lançado no início de janeiro, Lu Andrade faz uma reflexão sobre o momento profissional e acredita que o público vai conhecer sua nova versão.
"Ainda amo a música do mesmo jeito, mas de forma menos romântica. Antes eu não tinha noção do mercado. Ainda sonho em continuar compondo, cantando e em ser reconhecida, mas tenho o pé no chão", diz à Quem.
"Já vivi a fama. Hoje a música é que interessa", acrescenta Lu, que participou de um dos fenômenos musicais dos anos 2000, o grupo Rouge. "Quando você está no meio disso tudo, não entende muito."
Fui processar a dimensão do Rouge anos depois, apesar de ter sentido na pele a perda da liberdade e da privacidade. Hoje é algo que lembro com saudades, foi legal ter vivido aquilo."
"Acho que teria sido melhor se a fama não tivesse sido da noite para o dia. A gente não teve muito tempo para nos acostumar com tudo isso. Eu era uma menina reservada, tímida, seletiva. Levei um tempo para entender", confessa.
A cantora deixou o grupo em 2004, dois anos após sua formação em um reality musical. "O Rouge teve o lado de não ter controle da carreira, mas por ser novinha ainda era tudo muito gostoso no começo."
Quando eu percebi que o Rouge me tinha feito desconectar com o que eu mais amava, que era a música, comecei a pensar em sair. Não sentia mais nada quando entrava no show. Precisava cuidar de mim e da minha saúde."
"Em uma viagem para a África do Sul, pedi um sinal de Deus e na mesma hora vi uma estrela cadente. Foi duro tomar a decisão de sair. Todo mundo dizia para eu fazer o contrário e a minha família tinha medo", diz à Quem.
Em 2018, o Rouge se reuniu novamente após quinze anos de hiato. Pouco depois, o grupo formado por Luciana Andrade, Aline Wirley, Karin Hils, Fantine Thó e Lissah Martins anunciou uma nova pausa.
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