Ex-paquito Xand sobre recomeço na África com 19 filhos: 'Com suor e choro'
Alexandre Canhoni, o Xand, fez sucesso como líder dos paquitos nos anos noventa, mas deixou de buscar os holofotes da fama após se converter. O missionário e a mulher se mudaram para o Níger, na África, e lá o casal começou a reconstruir a vida há quase 20 anos.
Você lembra dos paquitos?
As paquitas, geralmente, são mais lembradas e muitas continuaram na carreira artística, como Letíca Spiller, Bianca Rinaldi e Monique Alfradique. Mas os rapazes também cativaram seu espaço com Xuxa Meneghel.
Eles ajudavam a Rainha dos Baixinhos a descer da nave e tinham um grupo musical.
Xand era o vocalista!
Ele viajou em turnê para fazer shows, gravou um CD e também produzia grupos de paquitos cover. Vida de astro, sabe? Até que descobriu, em 1995, que aquela vida não fazia mais sentido e resolveu mudar. Foi quando Xand se tornou evangélico.
Xand Canhoni
Xand tem projetos sociais em comunidades carentes e quando vem ao Brasil ajuda distribuindo cestas básicas e propagando uma mensagem de fé. E o reconhecimento como paquito? "Decidi direcionar a fama não para o meu ego próprio, mas para ajudar pessoas".
Por que se mudar para o Níger?
Foram vários desafios que Xand e a mulher, Giovana, tiveram de enfrentar ao chegarem ao país em 2002. Ele se lembra de uma perseguição.
"Tem uma classe intolerante a cristãos e ocidentais. Em 2015, tivemos nossa casa queimada. Ficamos escondidos por mais de 20 dias e depois reconstruímos nossa casa".
Como se tornou pai de 19 filhos?
"Eu não escolhi os 19, a coisa foi acontecendo. Algumas crianças apareciam dormindo na porta de casa. Vários se casaram e têm suas famílias. A maioria está trabalhando na missão. O que fizemos com eles, hoje eles têm esse coração amoroso para fazer com o próximo".
Trabalho no Níger
O casal mora com dez filhos na mesma casa —os demais se casaram e saíram— e cuida de dois projetos equipados com creches, centro esportivo e escolas de costura. Ao todo são 1.600 crianças envolvidas. Xand e Giovana também colaboram com uma ONG na Índia há dez anos.
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