Gracyanne diz que Belo segue normas e faz apelo: 'Precisamos trabalhar'
Gracyanne Barbosa usou os stories do Instagram para desabafar após seu marido, o cantor Belo, ter sido preso hoje por fazer um show em uma escola pública no Rio de Janeiro durante a pandemia.
A musa fitness afirmou que Belo tem seguido todas as normas da pandemia e lembrou que sua família precisa do dinheiro proveniente do trabalho dele.
"Desde que foi liberado voltar os shows, ele tem feito a parte dele, cumpre as normas, testa sua equipe, verifica tudo pertinente a ele e à sua equipe. E assim se espera que todas as outras partes também façam", afirmou Gracy.
Nós ficamos meses em casa, e mesmo agora não saímos, não viajamos, não vamos a festas, bares, praia. Mas precisamos sair para trabalhar. Todo o Brasil já voltou a trabalhar. Na realidade do nosso país, muito nem puderam parar. Triste. E triste ver alguns destes sendo oprimidos em suas tentativas de continuidade ao trabalho.
Gracy contou que Belo tem cuidado redobrado com o coronavírus — mesmo que já tenha tido covid-19 — porque sua mãe e do grupo de risco.
"Ele se preocupa com aglomerações e sempre reinvindica quando se burla alguma regra deixando ele ou seus fãs em risco. Ele já pegou covid, e em casa tem a minha sogra e outros familiares nossos na zona de risco. Logo, nosso cuidado é redobrado também para a nossa casa. Ele não pode trazer para a casa uma reinfecção, ou uma variante", relatou a modelo.
"Belo sempre atenta a todos que, só sairemos dessa pandemia e desses momentos ruins, se todos nos unirmos e fizermos nossa parte."
Vivemos um novo normal, certo? Esse novo normal é para alguns ou para todos? Todos nós estamos nos virando para nos adequar às novas normas. Não existe mocinho ou vilão. Seria maravilhoso e o ideal se pudéssemos ficar trancados em casa aguardando a vacina chegar. Que por sinal vai demorar para o brasileiro, né? Mas como pagamos nossas contas?
Entendo o caso
Belo foi preso hoje pela Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O cantor é investigado pela realização de um show no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, durante a pandemia do novo coronavírus.
O evento, que aconteceu no interior da Escola Estadual do Parque União na última sexta-feira (12), não foi autorizado pela Secretaria Municipal de Saúde e nem pela Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro. Por isso, a polícia também investiga uma suposta invasão ao local.
Procurada por Splash, a Sepol (Secretaria de Estado de Polícia Civil), informou que a operação recebeu o nome "É o que eu mereço". A defesa de Belo também foi procurada, mas até a publicação desta reportagem não atendeu nem retornou os pedidos de entrevista.
Belo se pronuncia
A assessoria de imprensa do cantor utilizou as redes sociais na noite de hoje para falar sobre a situação do artista. Em nota, a família e a equipe do cantor afirmaram estar "surpresos e consternados" com o mandado de prisão preventiva realizado hoje pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
De acordo com a nota, "o show foi legalmente contratado pela produtora Série Gold, conforme comprovam notas fiscais e outros documentos já entregues às autoridades."
"O espanto se dá em razão da prisão ter ocorrido mesmo após parecer contrário do Ministério Público (MP) e também da falta de isonomia quando se trata de apresentações artísticas durante a pandemia da Covid-19, pela qual Belo teve a saúde acometida há três meses e a agenda cancelada integralmente há um ano."
O comunicado ainda afirma que Belo pede desculpas por ter se apresentado em uma "aglomeração" e que ele retomou há pouco tempo para os palcos. "com compromissos ainda insuficientes para reverter o prejuízo dos meses em que esteve impedido de trabalhar, enquanto indústria, comércio e outras atividades de lazer — inclusive as casas de show — voltaram a funcionar, ainda que com restrições."
A assessoria ainda cita que o evento que Belo participou "nõ foi o primeiro e nem será o último em que aglomerações fugiram do controle dos organizadores" e critica a postura das autoridades da atenção "mais expressiva" dada ao caso de Belo.
"Completa o estado de choque do cantor o fato de que o evento de sábado não foi o primeiro e nem será o último em que aglomerações fugiram do controle dos organizadores. No entanto, chamou atenção das autoridades, de maneira mais expressiva, justamente um episódio na Maré, uma das maiores favelas cariocas, onde eventos culturais já são comumente reprimidos pela ideia de que os moradores de comunidades não merecem vivenciar a arte da mesma maneira do que aqueles que residem em áreas mais ricas da cidade."
"Ecoando o questionamento feito ao longo do dia nas redes sociais, a equipe de Belo também se pergunta se a situação seria a mesma caso o show ocorresse em bairros da Zona Sul e com artistas de gêneros musicais menos negligenciados do que o pagode. Um exemplo dessa distinção é o fato de não haver registro de prisões na interdição de um baile de carnaval."
'De acordo com a Lei'
A assessoria de imprensa do cantor reafirmou em outra publicação que o show realizado na última sexta (12) aconteceu com toda a documentação "de acordo com a lei" e que as autoridades não teriam dado a chance da equipe apresentar as provas antes da prisão preventiva. A publicação foi deletada logo em seguida.
"Para esclarecimento dos últimos acontecimentos divulgados na imprensa, deixamos claro que o artista foi contratado para show referido, com toda documentação de acordo com a lei ; tendo contrato, nota fiscal e garantia de todos os protocolos de segurança pela empresa que o contratou. Estamos documentados e com todos os respaldos pertinentes a esse evento", dizia comunicado.
"Infelizmente, o Brasil é um país onde a justiça funciona somente para alguns. Sequer deram o direto da nossa parte apresentar algum documento que justificasse o trabalho, pediram a prisão preventiva direto.
Agradecemos a todos, o carinho que estamos recebendo nesse momento difícil."
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