Polícia investiga MC Poze por baile funk com aglomeração e bandidos armados
O cantor Marlon Brandon Coelho Couto da Silva, conhecido como MC Poze do Rodo, 22 anos, é alvo de uma investigação da Polícia Civil após aparecer em vídeos durante um baile funk na Vila do Ipiranga, no bairro do Fonseca, Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Nas imagens, o artista canta em meio a uma enorme aglomeração. Os agentes avaliam ainda a presença de traficantes durante o evento já que, em um dos vídeos, é possível ver uma arma levantada para o alto.
O evento, divulgado pelas redes sociais como "Paraguai Fantasy" estampava o rosto do MC como a atração principal da noite. O caso aconteceu na última sexta-feira (26) e se estendeu até a manhã de sábado (27).
Procurada por Splash, a advogada do cantor, Silvia de Oliveira Martins, disse que o funkeiro, diante da flexibilização, está retomando aos poucos os trabalhos e que Poze está tomando todos os cuidados. "A gente ainda não tomou conhecido disso [investigação] ainda". A defesa alegou que não tem como o artista cantar de máscara "por motivos óbvios".
A Polícia Militar informou que, a respeito de uma possível ação dentro da comunidade para coibir o evento irregular, "as ações da corporação são desencadeadas de maneira planejada e estratégica, visando a preservação de vidas".
Ainda de acordo com a corporação, em locais em situação de vulnerabilidade, "muitas vezes eventos culturais são preenchidos por criminosos armados, que reagiriam a uma intervenção policial de maneira inconsequente, expondo a vida de inúmeros moradores".
Histórico de Poze
MC Poze do Rodo foi preso em setembro de 2019 no Mato Grosso por tráfico de drogas, associação ao tráfico, incitação ao crime, apologia ao crime, corrupção de menores e fornecer bebida alcoólica a menores. Segundo a polícia, o evento em que o funkeiro estava foi realizado por uma organização criminosa. Com o músico, foi apreendido uma porção de drogas e frascos de lança-perfume.
Em julho de 2020, o cantor foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por associação ao tráfico. A prisão preventiva do MC foi decretada, mas a defesa conseguiu a revogação do pedido. De acordo com o inquérito, Poze integra a maior facção criminosa do Rio — o Comando Vermelho.
Meses depois, em setembro, a Polícia Civil realizou uma ação contra a milícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, um dos mais procurados do Rio. Segundo as investigações, Ecko ofereceu R$ 300 mil para que um policial militar sequestrasse e executasse o funkeiro.
Já em novembro de 2020, MC Poze teve a casa, no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da capital fluminense, assaltada. Ele chegou a ser algemado na ação. De acordo com a polícia, três criminosos usando máscaras invadiram a residência e levaram R$ 5 mil e joias do apartamento do cantor. Ninguém se feriu.
O MC é dono de diversos hits como 'Tô voando alto'. A música tem quase 70 milhões de visualizações no Youtube. Pelas redes sociais, o cantor soma mais de 8 milhões de seguidores.
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