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Atriz de 'Star Wars' se diz melhor 'fora' da internet após ataques racistas

Kelly Marie Tran e John Boyega em cena de "Star Wars: Os Últimos Jedi" - Reprodução
Kelly Marie Tran e John Boyega em cena de "Star Wars: Os Últimos Jedi" Imagem: Reprodução

Colaboração para o Splash, em São Paulo

05/03/2021 07h43

Kelly Marie Tran viu em "Star Wars: Os Últimos Jedi", a maior chance de despontar em sua carreira. No entanto, assim que o filme dirigido por Rian Johnson foi lançado, em 2017, ela começou a sofrer ataques racistas e sexistas.

Interpretando Rose Tico em um dos filmes da franquia mais bem avaliados pela crítica, a atriz se viu no dever de deletar suas publicações no Instagram e deixar a internet por um tempo.

Para o Hollywood Reporter, Kelly Marie Train confessa que se sente melhor agora, livre da pressão e dos insultos nas redes sociais. "Eu realmente tenho estado muito mais feliz sem estar na internet", diz ela.

"Meus agentes me disseram que estou desistindo de parcerias, mas não estou aqui para vender chá para meninas", afirma Train, que precisou "fechar a loja" e ir embora por um tempo para interagir com o mundo real.

Ler livros e diários, fazer caminhadas, olhar para uma árvore e me lembrar que havia um fogo que queimava dentro de mim antes de 'Star Wars', antes de tudo isso. Eu precisava encontrar isso novamente."

"Podemos falar sobre a interação entre saúde mental e mídia social, mas também saúde mental e essa ideia de fama e o que ela faz para você. Não é normal", destaca.

"Para mim, essa navegação é sobre como eu me protejo de uma forma onde possa continuar a trabalhar neste mundo e a divulgar as histórias que sinto que o mundo precisa ouvir. "

"O que é interessante sobre trabalhar nesta indústria é que certas coisas se tornam públicas, mesmo que você não queira que sejam, como eu deixar a internet para minha própria sanidade", ela diz.

Ao Hollywood Reporter, Kelly Marie Train compara toda a experiência "constrangedoramente horrível" como se ela "se apaixonasse publicamente e depois anunciasse o rompimento"

"Se alguém não entender minha experiência, não deveria ser minha função internalizar sua misoginia, racismo ou todas as opções acima. Talvez não tenham imaginação para entender que existem diferentes tipos de pessoas vivendo no mundo."