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'Falcão e o Soldado Invernal': Atores falam sobre legado do Capitão América

Falcão e o Soldado Invernal: Atores e roteirista falam sobre nova série e a ausência do Capitão América

UOL Entretenimento

Do UOL, em São Paulo

19/03/2021 04h00

"Falcão e o Soldado Invernal", nova série que estreia hoje no Disney+, dá um merecido tempo de tela a duas figuras que já conhecemos há muito tempo dos filmes da Marvel: Sam Wilson (Anthony Mackie) e Bucky Barnes (Sebastian Stan).

Cada um deles tem que lidar com problemas bem reais (e menos heroicos) nas vidas que levam após os eventos de "Vingadores: Ultimato". Enquanto Bucky tenta acertar as contas com seu passado como soldado controlado pela Hydra, Sam enfrenta os problemas familiares que deixou para trás.

Deixar a aventura mais pé no chão (mesmo com cenas de ação espetaculares) era um desejo desde o começo para o roteirista chefe da série, Malcom Spellman ("Empire").

Nós queríamos que eles tivessem histórias baseadas no que as pessoas vivem hoje. Se você quer ter heróis que representem nossa época, eles precisam enfrentar problemas atuais.
Malcom Spellman, a Splash
Pôster de 'Falcão e o Soldado Invernal' Imagem: Divulgação

E veio dessa vontade também o tom da série, que ainda é similar ao dos filmes do "Capitão América" no que diz respeito aos elementos de espionagem, mas se inspira mais em filmes de ação como "Máquina Mortífera" e "Bad Boys".

"Foi nesses filmes que miramos", conta o roteirista. "É pé no chão, mas tem muita ação e diálogos afiados. Queríamos que parecesse real e que as pessoas olhassem para esses heróis e dissessem: 'eu passo pelo mesmo'". E a série não evita os temas difíceis, abordando racismo e culpa já no seu início.

O legado do Capitão

A ausência do Capitão América (Chris Evans) também é bastante sentida em "Falcão e o Soldado Invernal". E não podia ser diferente, já que o herói era amigo tanto de Bucky quanto de Sam, a quem passou seu escudo após se aposentar em "Ultimato".

Mas Sam não está exatamente aberto a assumir o lugar deixado por Steve Rogers.

Steve é o amigo dele. Ele entrou nos Vingadores porque o Capitão América pediu. Então a ideia de ser o Capitão está um pouco estragada para ele, porque significa que ele não vai mais lutar com Steve.
Anthony Mackie, a Splash

Sam usa do escudo de Steve em cena do trailer da série Imagem: Reprodução

Bucky, por outro lado, está em paz com a ausência do amigo, mas precisa descobrir como seguir em frente.

Ele está tentando descobrir o próximo momento, a próxima parte da vida dele. Por isso, ele está encarando coisas que não encarava há muito tempo o que nunca havia encarado devidamente. Agora ele precisa olhar para si e para o que ele tem a oferecer, sabe?
Sebastian Stan

Mas e a relação de Bucky e Sam, como fica sem Steve?

Perguntado se eles iriam estreitar os laços, Anthony brincou: "Não, nem um pouco, ninguém consegue ter um laço forte com Bucky, porque ele te mataria".

Mas Sebastian respondeu a sério, tomando cuidado para não dar spoilers:

Agora, claro, porque eles precisam confiar um no outro. [Steve] é uma grande parte da situação que os aproxima.

Segundo Spellman, a forma como o relacionamento de Sam e Bucky se desenvolve ao longo dos seis episódios da série é um espelho para como o resto do mundo está lidando com a ausência do Capitão América e dos valores que ele simbolizava.

"Steve se foi, Thanos se foi, e metade da população do mundo está de volta. É um caos, um problema que só um herói como Steve saberia lidar, por causa do que representava", explica.

Nós destilamos esse problema no relacionamento desses dois caras que estão lidando com a perda de uma pessoa importante. Eles estão confrontando o fato de que podem nem ser amigos, podem ser só duas pessoas que perderam um melhor amigo em comum. E o mundo passa por essa mesma jornada com eles.

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