Estupro, depressão e quase morte: Demi Lovato relembra overdose em série
O dia 24 de julho de 2018 trouxe um grande trauma para Demi Lovato e seus fãs. A cantora quase morreu após uma overdose de fentanil e oxicodona e relembra o episódio traumático em "Dançando com o Diabo", nova série documental de quatro episódios que estreia hoje, no YouTube.
Pela primeira vez, Demi se abre sobre os traumas que viveu, antes e depois da overdose, além de mostrar como seu comportamento afetou amigos e familiares. No dia 2 de abril, ela lança o sétimo álbum de estúdio, com o mesmo título do documentário, contando sua história de superação.
Vício e overdose
Depois de seis anos sóbria, em 2018, Demi voltou a se drogar. "Eu experimentei coisas que nunca tinha tomado. Metanfetamina, junto com MDMA, cocaína, maconha, álcool, oxicodona... Só isso já deveria ter me matado", conta a cantora, que ainda passou a usar heroína e crack.
Em decorrência da overdose, Demi sofreu três derrames e uma parada cardíaca, além de pneumonia e falência múltipla dos órgãos. Ela precisou que seu sangue fosse filtrado e até hoje lida com sequelas no cérebro e problemas de visão, que a impedem de dirigir.
Demi Lovato
Estupros
No documentário, Demi ainda revela ter sido estuprada pelo traficante que lhe forneceu as drogas que causaram a overdose. Ela também relembra ter perdido sua virgindade em outro estupro, ainda na adolescência.
Demi Lovato
Mesmo depois da experiência traumática, Demi voltou a procurar o traficante e resolveu fazer sexo consensual com ele, como uma tentativa de reescrever a história trágica que viveu. Não funcionou.
Eu queria reescrever a escolha dele de me violar, e queria que fosse uma escolha minha. Eu liguei pra ele e falei: 'Agora eu vou transar com você'. E não consertou nada, só fez com que eu me sentisse pior.
Demi Lovato
Recaída
Mesmo depois de quase morrer e passar semanas internada numa clínica de reabilitação, Demi não abandonou as drogas de vez. Ela conta que teve uma recaída e chegou a usar heroína de novo. Hoje, fuma maconha —que é legalizada no estado da Califórnia, onde vive— e bebe álcool, com moderação.
Eu queria poder dizer que a última noite em que eu usei heroína foi a da overdose, mas não foi. Ter que dizer a mim mesma que eu nunca mais vou beber ou fumar é me preparar para o fracasso, porque comigo é tudo preto ou branco. E eu quero ter algum alívio com um baseado.
Morte do pai
A relação conturbada com o pai, viciado em drogas e álcool, além de diagnosticado com transtorno bipolar e esquizofrenia, fez com que a cantora sentisse culpa por ter se mantido distante dele até o dia de sua morte.
Patrick Lovato foi encontrado morto em casa, próximo ao Dia dos Pais de 2013. Seu corpo já estava em estado avançado de decomposição e nem a data exata de sua morte conseguiu ser estipulada pelos legistas. Demi lamenta que, assim como ele, também tenha se envolvido com drogas.
Distúrbio alimentar
Sua luta contra a balança e a bulimia também é um dos focos da série. Na infância, Demi participava de concursos de beleza e se obrigava a não comer caso vencesse. Já como artista, ela seguia uma dieta restrita e sua equipe também não podia comer certos alimentos na sua frente.
Abraçando a sexualidade
Durante a quarentena no ano passado, Demi ficou noiva do ator Max Ehrich e chegou até a morar com ele. O relacionamento, porém, chegou ao fim em setembro e Demi admite que se apressou demais com o ex.
A cantora explica que se identifica como parte da comunidade LGBTQ+ e quer explorar esse seu outro lado, vivendo experiências que não se permitia quando era mais nova e tentava se encaixar em padrões de comportamento.
Eu não vou colocar um rótulo em mim mesma, mas acho que tem muitas coisas que eu preciso explorar antes de me comprometer assim. Eu quero me permitir viver a vida da maneira mais autêntica possível. O que eu ainda não pude fazer por conta do meu passado.
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