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Marcelo Bonfá explica batalha judicial contra filho de Renato Russo

Marcelo Bonfá, baterista da banda Legião Urbana - Reprodução/Instagram
Marcelo Bonfá, baterista da banda Legião Urbana Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para Splash, em São Paulo

24/03/2021 06h53Atualizada em 24/03/2021 13h23

Marcelo Bonfá, baterista da Legião Urbana, abriu o jogo sobre a batalha judicial que ele e Dado Villa-Lobos, guitarrista da banda, travam contra Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo, a respeito do uso do nome da banda. O processo já dura cerca de oito anos, e atualmente está em tramitação no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília.

Recentemente, Bonfá e Dado lançaram um comunicado explicando a situação para o público. No bate-papo para a rádio "Kiss FM", o baterista explicou a situação. "Não foi fácil fazer esse comunicado. Explicar o óbvio pode ser mais difícil do que parece. Foi muito trabalhoso chegar a esse resultado", contou.

Para eu falar dessas questões, tive que futricar um monte de coisas da minha vida. Tantas mentiras e tantas bobagens foram ditas por pessoas por aí. Aí eu tive que engolir numa boa. A gente esta com uma defesa jurídica muito sã.

Questionado a respeito de Giuliano, Bonfá disse não querer "falar mal" de ninguém, mas frisou que o "outro lado" nunca esteve aberto a um diálogo para resolver o impasse, e deu um exemplo: "O juiz da instância do Rio de Janeiro chamou a gente, ele queria ouvir a mim e ao Dado. Ele não foi e mandou dois advogados. O que eles alegavam é que a gente não sabia administrar nosso legado", relembrou.

"Eu disse: 'Cara, a parada é a seguinte. Depois que o Renato faleceu, a gente tem um catálogo e está tudo neste catálogo. Quem quer conhecer nosso trabalho, tem os discos'", prosseguiu o músico.

Os caras registraram o nome da Legião em tudo que é tipo de quinquilharia, de produto, marcas e patentes, para todo tipo de produto, eletrodomésticos... Quer vender camiseta e diz que é assim que administra o legado. Não é por aí. A gente não quer vender sabonete. Tem minha imagem, minha música, um conceito e um valor ético embutidos. Vai ouvir o disco e depois volta.

Os advogados de Giuliano afirmam que Bonfá e Dado não podem usar o nome da banda sem a prévia autorização da empresa, por não serem donos do registro. Em outra ação paralela, Giuliano busca ter acesso aos contratos e receber um terço das receitas das turnês que a dupla fez cantando músicas da Legião Urbana nos últimos anos.

Leia o comunicado de Dado e Bonfá na íntegra:

Errata: este conteúdo foi atualizado
Uma versão anterior da nota informava que o processo tramitava no Supremo Tribunal de Justiça. O nome correto da instituição é Superior Tribunal de Justiça. A informação foi corrigida.