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Édith Piaf: quem foi a cantora que fez Moro se enrolar no francês

A cantora francesa Édith Piaf (o sobrenome é lido exatamente como se escreve) - Bettmann Archive
A cantora francesa Édith Piaf (o sobrenome é lido exatamente como se escreve) Imagem: Bettmann Archive

De Splash, em São Paulo

30/03/2021 10h16Atualizada em 30/03/2021 18h53

Uma fala de Sergio Moro no último final de semana está movimentando as redes sociais. Durante entrevista, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública se enrolou para falar o nome da cantora francesa Édith Piaf e também ao recitar a famosa música "Non, Je Ne Regrette Rien" ("Não, Não Me Arrependo de Nada", em português).

Na boca de Moro, Piaf, que se pronuncia exatamente como escreve, virou apenas "Piá" e a confusão com a pronúncia do francês no título da canção (ele disse algo como "je ne me regrette rien", sobrando um "me" aí) ganhou até uma paródia de Marcelo Adnet.

Mas afinal, quem foi Édith Piaf?

Filha de um acrobata e de uma cantora de cabaré, Édith Piaf nasceu em 19 de dezembro de 1915. Sua vida foi marcada pelo seu talento, mas também por momentos trágicos.

Dos três aos sete anos, foi diagnosticada com cegueira. Curada e depois de viver sob os cuidados da avó materna e depois da avó paterna, aos 15 anos, Piaf já tinha paixão pela música e foi tentar obter seu sustento cantando nas ruas de Paris.

Aos 16, a cantora ficou grávida. Sua filha Marselle, porém, morreu com apenas dois anos de idade, vítima de meningite.

1 - Roger Viollet via Getty Images - Roger Viollet via Getty Images
Édith Piaf
Imagem: Roger Viollet via Getty Images

Uma das maiores vozes do século 20, Piaf teve sua carreira artística impulsionada por Louis Leplée, dono do Le Gerny's, um famoso cabaré da capital francesa. Ele a descobriu cantando justamente nas ruas da cidade e a convidou para se apresentar no local renomado.

O nome "Piaf" surgiu só nessa época. Leplée a batizou como "la Môme Piaf", expressão em francês que significa "pequeno pardal", numa referência à sua baixa estatura, de 1,47 m. Nascida Édith Giovanna Gassion, virou então Édith Piaf.

Porém, a carreira da proeminente cantora quase acabou após a morte de Leplée, que foi assassinado.

Depois do fim da Segunda Guerral Mundial, Piaf passou a se apresentar pelo mundo. Nos Estados Unidos, conheceu o pugilista Marcel Cerdan, que se tornaria o grande amor de sua vida. A relação, no entanto, teve um fim trágico: Cerdan morreu em um acidente de avião, em 1949

Em 1951, depois de retomar sua agenda, a cantora sofreu dois acidentes de carro, passou por cirurgias e recebeu injeções de morfina, que fragilizaram sua saúde. Sua voz permaneceu inabalável.

Sete anos depois, em 1958, sofreu outro acidente de carro, que lhe causou um traumatismo craniano que debilitou de vez sua saúde.

Em 1960, interpretou "Non, je ne regrette rien" (de Michel Vaucaire e Charles Dumont) — música escolhida por Moro — um dos maiores sucessos de sua carreira e que a letra propõe uma reflexão sobre sua própria vida.

Édith Piaf morreu em 11 de outubro de 1963, aos 47 anos. A causa foi uma hemorragia interna, que aconteceu após um coma hepático. O enterro da cantora aconteceu em Paris, e contou com a comoção de milhares de admiradores.

Além de "Non, je ne regrette rien", entre seus grandes sucessos, estão: "La vie en rose", "Hymne à l'amour", "Milord", "La Foule", "Padam, Padam", e outras.

Os internautas, claro, não perdoaram a citação de Moro: