Latino encontra Bolsonaro no Planalto em meio à crise no governo
Latino visitou o Palácio do Planalto hoje para conversar com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e com o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), confirmou a assessoria do cantor ao Splash.
O artista afirmou que foi recebido para um encontro, em meio a uma crise militar, para discutir as dificuldades da classe artística durante a pandemia da covid-19.
Fui buscar alternativas para tentar fazer a minha parte para ajudar o entretenimento de alguma forma. Levei algumas ideias e foi muito bom. Chegou a hora de unir forças e encontrar saída para o show business.
O cantor também compartilhou uma imagem do encontro nas redes sociais — em que o trio aparece sem máscara.
De acordo com as informações disponibilizadas até a publicação deste texto no site do Governo Federal, a reunião não estava prevista na agenda de Bolsonaro nem na do ministro durante o dia de hoje.
Segundo a agenda oficial, Bolsonaro teve um encontro com o deputado Osmar Terra (MDB) durante a manhã. À tarde, o presidente se reuniu com Pedro Cesar Sousa, subchefe para assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República.
O Splash entrou em contato com o Planalto e aguarda posicionamento sobre a reunião.
Encontro em momento de crise
O encontro entre Bolsonaro e Latino acontece em um momento de trocas no governo. Mais cedo, o Ministério da Defesa confirmou que os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica serão substituídos.
A troca ocorre após o presidente Jair Bolsonaro demitir o general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa e nomear Braga Netto na função. Conforme o Estadão/Broadcast revelou, o agora ex-ministro resistiu a um alinhamento político das Forças Armadas com o presidente.
Nas redes sociais, políticos da oposição lamentaram a saída dos ministros e criticaram o presidente Bolsonaro. João Doria (PSDB), Rodrigo Maia (DEM), Ciro Gomes (PDT) e outros políticos pediram pela preservação da democracia após a medida.
Por mais de uma vez, Bolsonaro declarou que é "comandante supremo" das Forças Armadas, o que é um fato constitucional, mas várias vezes as chamou de suas. As Forças Armadas não são de um presidente ou governo, mas do Estado brasileiro, independentemente de quem seja o governante.
Mais recentemente, disse que não iria usar o que chamou de "meu Exército" para, por exemplo, reforçar políticas de lockdown nos estados.
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