Famosos lamentaram a morte do cantor Agnaldo Timóteo, vítima da covid-19 aos 84 anos neste sábado (3). Os cantores Wesley Safadão e Mumuzinho, além da atriz Patricia Pillar e do apresentador Serginho Groisman, postaram despedidas nas redes sociais.
A informação da morte do cantor foi confirmada pelo Instituto Funjor, através do qual a família vinha se comunicando com a imprensa desde a internação do artista, em 17 de março.
Em entrevista à GloboNews, o cantor e apresentador Ronnie Von falou sobre a relação com Agnaldo Timóteo. Ele ressaltou o talento e disse que sentirá falta do artista.
Ele era uma pessoa absolutamente determinada, e em último nível. Vou sentir falta dele. Vou sentir falta das nossas conversar, até de embates que a gente tinha, alguns bem rudes, porque ele era cobrador. Ele queria que a gente ajudasse todo mundo, e muitas vezes a gente não pode, não consegue, é um só.
"Ele cobrava dos outros amigos uma atitude para ajudar quem dos nossos estava na pior. Comigo isso aconteceu, e mais de uma vez", completou Ronnie na sequência da conversa.
Também à GloboNews, Neguinho da Beija-Flor desabafou sobre a morte do amigo. Ele afirmou que considera a covid-19 um "horror" e fez um apelo para que as pessoas continuem em casa.
Eu estava perdendo a voz e ele me aconselhou a fazer aula de canto. Ela voltou. Minha amizade com ele era de dar muito conselho: não beber, não fumar, não perder noites de sono. Seguia as orientações do Agnaldo. É um choque muito grande.
À emissora, o cantor Fagner, que foi parceiro musical de Timóteo, lembrou do colega como uma figura "esquerdista", "religiosa" e que corria atrás dos seus objetivos. "Se via claramente pelas suas expressões essa busca, que ele era extremamente religioso". Ele aproveitou para lembrar da luta do parceiro musical:
Queria ressaltar também a luta pessoal dele, quando ele foi para a rua vender seus próprios discos. Agnaldo era um cara que buscava se colocar, que bombardeava os preconceitos.
Roberto Carlos compartilhou uma foto antiga para lamentar a morte de Agnaldo Timóteo. O cantor destacou que os dois se conhecem "desde antes da Jovem Guarda". "Um grande cantor, um cara muito querido que eu respeito muito", completou na sequência.
Relembre a carreira de Agnaldo Timóteo como cantor e político
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Agnaldo Timóteo, que morreu hoje aos 84 anos, é natural de Caratinga (MG) e foi conhecido como o "Cauby Mineiro" no começo da carreira.
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De origem pobre, desde pequeno gostava de imitar cantores de quem gostava, como o próprio Cauby Peixoto, Anísio Silva e Adilson Ramo.
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Ele se mudou ao Rio de Janeiro por incentivo da cantora Ângela Maria, onde gravou seus primeiros compactos. Os discos, porém, não fizeram muito sucesso.
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O grande estouro de sua carreira aconteceu no programa de rádio Rio Hit Parade, em 1965, ganhando concursos ao interpretar a música "The house of the Rising Sun".
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A visibilidade permitiu que gravasse seu primeiro disco, "Surge um Astro", com versões de músicas estrangeiras.
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Em 1968, emplacou a música "Meu Grito", de Roberto e Erasmo Carlos, do álbum "Obrigado, Querida". Também fizeram sucesso as músicas desse disco "Mamãe Estou Tão Feliz" e "Os Verdes Campos da Minha Terra".
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Na década de 70, sua era mais produtiva, lançou uma série de hits como "O Último Romântico" (1971), "Frustrações" (1973) e "Amor Proibido" (1974) e "Eu Pecador" (1978) e "Grito de Alerta (1980).
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Nas décadas seguintes, destacam-se trabalhos como "Em Nome do Amor", com músicas de Roberto Carlos, e "Angela e Agnaldo", gravado com sua madrinha artística Ângela Maria.
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A popularidade de Agnaldo foi capitalizada em sua vida política. Ele se elegeu deputado federal pela primeira vez em 1982, pelo PDT do Rio de Janeiro.
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Ficou célebre por abrir seu discurso no parlamento com o bordão "alô, mamãe", fingindo telefonar para casa.
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Em 1990, trocou o PDT pelo PDS, pelo qual se candidatou ao cargo de governador do Rio de Janeiro. Perdeu para Leonael Brizola (PDT).
Caio Guatelli/Folha Imagem 12 / 16
Em 1995 teve outro mandato como deputado federal, pelo PRN, na suplência de Amaral Neto. Em 1996, concorreu a vereador do Rio de Janeiro e foi eleito com votação expressiva.
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Ele foi eleito, ainda, vereador de São Paulo em 2004, pelo PP, sendo reeleito em 2008. Em 2012, no entanto, não teve votos o suficiente para se manter no cargo.
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Agnaldo era torcedor fanático do Botafogo e chegou a ajudar financeiramente o time em tempos de dificuldade: custeou o enterro de Garrincha e financiou a base.
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Timóteo tinha 84 anos e, por isso, fazia parte do grupo de maior risco para a doença.
webe/ARQUIVO / AgNews 16 / 16
Timotinho, filho de Agnaldo Timóteo, fala com a imprensa após o falecimento do pai no Rio de Janeiro.
Pioy/Fabricio Pioyani / AgNews
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