Filho de Timóteo diz que médicos confiavam em cura: 'Vírus traiçoeiro'
Colaboração para Splash, em São Paulo
03/04/2021 18h58
Marcelo Timóteo, filho de Agnaldo Timóteo, afirmou em entrevista à GloboNews que tinha a "convicção" de que o pai venceria a batalha contra a covid-19. O cantor morreu neste sábado (3) aos 84 anos.
É uma doença maldita. Eu tinha a convicção de que ele sairia do hospital e os médicos também acreditavam. Acabaram de falar para a gente que ele tinha melhorado. Mas trata-se de um vírus traiçoeiro.
O filho do cantor foi entrevistado diante do Hospital Casa São Bernardo, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Agnaldo estava internado no local desde o dia 17 de março.
É um momento triste, complicado e doloroso para a nossa família. Estávamos pedindo muitas orações para ele, para o Paulo Gustavo e para todos que estão internados em todos os lugares.
A informação da morte de Agnaldo Timóteo foi confirmada pelo Instituto Funjor, através do qual a família vinha se comunicando com a imprensa desde a internação do artista. Ronnie Von, Neguinho da Beija-Flor e outros famosos usaram as redes sociais para se despedir do cantor.
Relembre a carreira de Agnaldo Timóteo como cantor e político
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Agnaldo Timóteo, que morreu hoje aos 84 anos, é natural de Caratinga (MG) e foi conhecido como o "Cauby Mineiro" no começo da carreira.
Reprodução/TV Globo
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De origem pobre, desde pequeno gostava de imitar cantores de quem gostava, como o próprio Cauby Peixoto, Anísio Silva e Adilson Ramo.
Creative Commons
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Ele se mudou ao Rio de Janeiro por incentivo da cantora Ângela Maria, onde gravou seus primeiros compactos. Os discos, porém, não fizeram muito sucesso.
Reprodução
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O grande estouro de sua carreira aconteceu no programa de rádio Rio Hit Parade, em 1965, ganhando concursos ao interpretar a música "The house of the Rising Sun".
Reprodução
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A visibilidade permitiu que gravasse seu primeiro disco, "Surge um Astro", com versões de músicas estrangeiras.
Reprodução
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Em 1968, emplacou a música "Meu Grito", de Roberto e Erasmo Carlos, do álbum "Obrigado, Querida". Também fizeram sucesso as músicas desse disco "Mamãe Estou Tão Feliz" e "Os Verdes Campos da Minha Terra".
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Na década de 70, sua era mais produtiva, lançou uma série de hits como "O Último Romântico" (1971), "Frustrações" (1973) e "Amor Proibido" (1974) e "Eu Pecador" (1978) e "Grito de Alerta (1980).
Reprodução
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Nas décadas seguintes, destacam-se trabalhos como "Em Nome do Amor", com músicas de Roberto Carlos, e "Angela e Agnaldo", gravado com sua madrinha artística Ângela Maria.
Reprodução
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A popularidade de Agnaldo foi capitalizada em sua vida política. Ele se elegeu deputado federal pela primeira vez em 1982, pelo PDT do Rio de Janeiro.
Manuela Scarpa/Photo Rio News
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Ficou célebre por abrir seu discurso no parlamento com o bordão "alô, mamãe", fingindo telefonar para casa.
Caio Guatelli/Folha Imagem
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Em 1990, trocou o PDT pelo PDS, pelo qual se candidatou ao cargo de governador do Rio de Janeiro. Perdeu para Leonael Brizola (PDT).
Caio Guatelli/Folha Imagem
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Em 1995 teve outro mandato como deputado federal, pelo PRN, na suplência de Amaral Neto. Em 1996, concorreu a vereador do Rio de Janeiro e foi eleito com votação expressiva.
André Vicente/Folhapress
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Ele foi eleito, ainda, vereador de São Paulo em 2004, pelo PP, sendo reeleito em 2008. Em 2012, no entanto, não teve votos o suficiente para se manter no cargo.
Terra Britto/Futura Press
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Agnaldo era torcedor fanático do Botafogo e chegou a ajudar financeiramente o time em tempos de dificuldade: custeou o enterro de Garrincha e financiou a base.
Divulgação/Botafogo
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Timóteo tinha 84 anos e, por isso, fazia parte do grupo de maior risco para a doença.
webe/ARQUIVO / AgNews
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Timotinho, filho de Agnaldo Timóteo, fala com a imprensa após o falecimento do pai no Rio de Janeiro.
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