Por que o príncipe Philip não podia ser chamado de rei? Splash explica!
De Splash, em São Paulo
09/04/2021 14h51Atualizada em 10/04/2021 08h01
O Príncipe Philip faleceu hoje, aos 99 anos, e foi casado com a rainha Elizabeth 2ª por 73 anos, sem jamais poder usar o título de Rei do Reino Unido (e de mais 53 países que integram a Commonwealth).
Mas, como é que ele passou mais de 70% de sua vida casado com uma rainha e nunca deixou de ser só um príncipe?
Splash explica!
A resposta é: as regras constitucionais da monarquia britânica indicam que, caso uma mulher ocupe o trono do Reino Unido, somente seus descendentes podem ostentar o mais alto título monárquico, seja de rei ou de rainha.
Isso é feito para evitar que a monarquia britânica passe para as mãos da família do noivo.
A rainha-mãe Elizabeth, mãe da Elizabeth 2ª, teve o direito de receber o título de rainha consorte porque o rei de fato era seu marido, Jorge 6º do Reino Unido. Foi ela que veio de outra família.
Aliás, ela passou a ser chamada de rainha-mãe quando Jorge 6º morreu e o trono britânico passou para sua filha mais velha, a rainha Elizabeth 2ª, em 1952.
Resumindo: o príncipe Philip, embora fosse primo de terceiro grau da rainha Elizabeth 2ª, não poderia ostentar o título de rei do Reino Unido. Isso colocaria em risco a autonomia da monarquia, que deve sempre estar nas mãos da mesma família.
Curiosidade
Mesmo sem ser um rei, o príncipe Philip recebeu os títulos de Sua Alteza Real e Duque de Edimburgo.