Kiera Allen, de 'Fuja', é cadeirante na vida real: conheça sua história
Quem assistiu ao filme "Fuja", um dos mais vistos na Netflix, deve ter se impressionado com Kiera Allen, atriz que interpreta Chloe, a filha em apuros de Sarah Paulson. O que poucos sabem é que Kiera, além de entregar todo o drama da personagem, também vive em uma cadeira de rodas como ela.
"Fuja" é o filme de estreia de Kiera, aos 24 anos. Ela precisou de cadeira de rodas em 2014 e nunca deixou que a deficiência a impedisse de seguir com sua carreira na atuação. "Fuja" é o primeiro thriller em 70 anos protagonizado por uma pessoa cadeirante.
A deficiência é parte da minha identidade. Minha personagem é inteligente, divertida, uma engenheira. Ela tem sonhos e é incrível. Poder interpretar alguém em uma história que não fosse apenas inspiradora ou digna de pena foi ótimo.
Kiera, em entrevista ao "We Live Entertainment"
Origem
Nascida e criada em Nova York, Kiera começou a estudar teatro aos 12 anos e participou de curtas e peças de teatro antes de migrar para o cinema. Quando participou dos testes para "Fuja", ela já estudava escrita criativa na Universidade de Columbia.
Eu me inspirava em Matt Damon quando estava crescendo. Ator e roteirista brilhante. Adoraria ser como ele. Também amava os protagonistas de "Harry Potter". Achava muito legal ter pessoas da minha idade atuando.
relembra Kiera ao "We Live Entertainment"
Convite para o filme
O diretor e os produtores de "Fuja" nunca pensaram em escalar uma atriz que não fosse cadeirante para o papel de Chloe. Porém, nos testes, receberam vídeos de diversas atrizes fingindo ser deficientes para conseguir o papel.
Antes de ser aprovada, Kiera precisou viajar mais de uma vez a Los Angeles para testes com os produtores e também com a atriz Sarah Paulson. Durante as gravações do longa, ela tinha que se dividir entre as aulas, em Nova York, e o filme aos finais de semana, no outro lado do país.
É a primeira vez que muitos da minha geração veem uma atriz que realmente usa cadeira de rodas. Me sinto representando uma comunidade que é pouco vista. Espero que o filme quebre essas barreiras e que outros atores deficientes estrelem grandes produções.
Em entrevista ao "The New York Times"
No filme, Kiera domina sequências tensas. Ela contou com a ajuda de duas dublês, mas festeja a possibilidade de mostrar o quanto pessoas com deficiência são capazes de realizar.
É uma das melhores representações de deficientes que já vi. Essa personagem não é uma vítima, ela define sua própria jornada. Todos no set me deixaram muito confortável e tornaram tudo acessível.
Kiera, para o "The New York Times"
Planos para o futuro
Começando com o pé direito em um filme que já bombou tanto, Kiera diz que não tenta pensar muito no que o futuro reserva. Ela se forma no ano que vem e quer poder investir também na carreira de roteirista.
Quero trabalhar com grandes atores e diretores. Esse papel foi um sonho. É incrível ter um roteiro tão bom em mãos. Quero poder escrever meu próprio material no futuro, isso é o que mais anseio.
Em conversa com o "Rose and Ivy Journal"
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