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Avicii tomava 20 comprimidos por dia contra dores e ansiedade, diz jornal

DJ Avicii - Reprodução/Instagram
DJ Avicii Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para Splash, em São Paulo

20/04/2021 10h52Atualizada em 20/04/2021 14h15

Os últimos meses do DJ Avicii, que morreu em 2018 aos 28 anos, envolveram uma difícil batalha pela sua saúde física e mental.

Segundo a edição irlandesa do jornal The Mirror, novo material que seria parte do projeto do documentário "Avicii: True Stories", lançado em 2017 originalmente, retrata que o músico sueco enfrentava ansiedade, dependência de álcool, pancreatite e chegou a tomar 20 comprimidos por dia buscando a recuperação total.

Avicii também lidava com uma significativa estafa: em oito anos, ele chegou a realizar 813 shows e teria dito a membros de sua equipe que temia pela sua vida caso assumisse mais compromissos profissionais. Nas imagens, o DJ também explicou como teve o primeiro contato com álcool durante a carreira.

"No começo, eu tinha muito medo de beber antes dos shows porque tinha medo de estragar tudo, mas percebi que estava muito tenso, então comecei a beber alguns drinques antes de continuar. Eu via outros DJs bebendo, que faziam isso há 10 anos em todos os shows."

Durante uma turnê pela Austrália em 2012, Avicii sentiu dores abdominais e foi levado às pressas para o hospital, onde foi diagnosticado com pancreatite, uma inflamação no pâncreas em decorrência da ingestão excessiva de álcool.

"Eu acordava todos os dias e sentia dores. Era constante e tudo estava confuso e eu não sabia por quanto tempo conseguiria continuar assim", explicou o artista na época.

Nos anos seguintes, ele ainda passaria por outras estadias hospitalares, para tratar uma apendicite e retirar a vesícula biliar.

"Eu estava com muitas dores, mas tudo que recebi foi um remédio e disseram 'tome isso e você vai se sentir melhor'. Era como a heroína, mas também não estava ajudando na dor, mas presumi que os médicos sabiam o que estavam fazendo. Ter pancreatite não era o problema, era a dor que fica com você depois. No começo, foi um mês, e depois quatro meses. Eu estava tomando 20 comprimidos por dia, mas eles sempre me diziam que não era viciante. Eu ainda estava ansioso e então comecei a fazer turnê novamente", diz o DJ no documentário.

As dificuldades para administrar seu bem-estar mental, físico e as demandas de uma carreira de sucesso internacional levaram o artista a decidir se aposentar em 2016. Dois anos depois, o músico morreu. A causa da morte foi apontada como suicídio.